Com DN de Kiev, Le Monde e G1
Tasso Franco , Salvador |
15/11/2022 às 17:59
Residências bombardeadas em Kiev
Foto: EPA/ROMAN PILIPEY
Em um ato de retaliação aos líderes do G20, a Rússia voltou a atacar Kiev e outras cidades grandes da Ucrânia nesta terça-feira (15). Edifícios da capital ucraniana foram alvo de mísseis, e uma pessoa morreu. Diversos bairros da cidade ficarma sem luz após os bombardeios.
A nova ofensiva acontece no mesmo dia em que líderes do G20 pediram em conjunto, durante cúpula do grupo, que a Rússia deixe de bombardear o país vizinho.
Segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, forças ucranianas conseguiram interceptar e derrubar vários outros mísseis russos a caminho da capital.
Segundo relatos de moradores da cidade, as sirenes de alerta por bombardeio foram ativadas.
CASO DO BOMBARDEIO A POLONIA
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, convocou uma reunião de emergência de seu Conselho de Assuntos de Segurança e Defesa Nacional "em conexão com a crise", anunciou o porta-voz do governo Piotr Muller no Twitter. “Qualquer informação que for apresentada ao comitê será então disseminada, se possível, o mais amplamente possível ao público. Peço que você não publique nenhuma informação não confirmada até então”, acrescentou em um segundo tuíte.
Minutos antes, um alto funcionário da inteligência dos EUA, citado pela Associated Press, disse que mísseis russos atingiram a Polônia, membro da Otan, e mataram duas pessoas. No entanto, o Pentágono não confirmou esta informação: "Não temos elementos nesta fase para confirmar esta informação e estamos a analisá-la mais profundamente", explicou um porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA.
A Suécia está acompanhando os eventos 'com muito cuidado' na Polônia:
Pouco mais de uma hora depois da explosão em território polaco, perto da fronteira ucraniana, a correspondente do Le Monde na Suécia, Anne-Françoise Hivert, retransmitiu no Twitter a publicação das forças armadas suecas, que dizem estar a seguir "com muita atenção as acontecimentos e consequências das explosões na Polónia". No entanto, eles dizem que não veem "nenhuma atividade que ameace a Suécia e nenhuma medida adicional foi tomada neste momento".
O ataque maciço de hoje do exército russo contra a Ucrânia mostra claramente que a Rússia quer aterrorizar ainda mais seu povo e destruir o país. Se a Polônia confirmar que mísseis também atingiram seu território, isso será uma nova escalada da Rússia. Somos fortes apoiadores de nosso aliado na União Européia e na OTAN.
O QUE DIZ MOSCOU
A Rússia chamou relatos de mísseis russos atingindo a Polônia, um país vizinho da Ucrânia, que chamou uma reunião de emergência de seu conselho de segurança nacional, de “provocação”.
"Declarações da mídia e autoridades polonesas sobre a suposta queda de mísseis 'russos' na área de Przewodow [seis quilômetros da fronteira com a Ucrânia] são uma provocação deliberada destinada a agravar a situação", defendeu o Ministério da Defesa da Rússia em sua conta no Telegram. . “Nenhum ataque atingiu alvos perto da fronteira ucraniana-polonesa”, acrescentou.
