Com informações do IBGE
Tasso Franco , Salvador |
30/04/2024 às 10:12
Biscate na Avenida Sete
Foto: BJÁ
A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre encerrado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro, houve alta de 0,5 ponto percentual na desocupação, que era de 7,4%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%. Mesmo com a alta, o resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014 (7,2%).
Com os resultados, o número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 8,6%.
A população desocupada (8,6 milhões) cresceu 6,7% (mais 542 mil pessoas) no trimestre e recuou 8,6% (menos 808 mil pessoas) no ano.
A população ocupada (100,2 milhões), caiu 0,8% no trimestre (menos 782 mil pessoas) e cresceu 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,0%, recuando 0,6 p.p. frente ao trimestre móvel anterior (57,6%) e subindo 0,9 p.p. na comparação anual (56,1%).
A taxa composta de subutilização (17,9%) subiu 0,6 p.p. frente ao trimestre móvel encerrado em dezembro (17,3%) e caiu 1,0 p.p. ante o trimestre encerrado em março de 2023 (18,9%). A população subutilizada (20,7 milhões de pessoas) cresceu 3,9% no trimestre (mais 770 mil pessoas) e recuou 4,0% (ou menos 870 mil pessoas) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) caiu 5,2% no trimestre (menos 281 mil pessoas) e ficou estável na comparação anual. A população fora da força de trabalho (66,9 milhões) cresceu 0,9% (mais 607 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano.
A população desalentada (3,6 milhões) não variou significativamente ante o trimestre móvel anterior e recuou 7,1% (menos 275 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,2%) não teve variação significativa no trimestre e recuou 0,3 p.p. no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi a 37,984 milhões, mantendo-se estável no trimestre no trimestre e crescendo 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 4,5% (mais 581 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,1 milhões de pessoas). O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) caiu 2,3% (menos 141 mil pessoas) no trimestre e subiu 3,5% (mais 198 mil pessoas) no ano.
O número de empregados no setor público (12,0 milhões) caiu 1,5% (menos 184 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1 % no trimestre anterior e 39,0 % no mesmo trimestre móvel de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.123) cresceu 1,5% no trimestre e 4,0% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 308,3 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, mas não teve variação estatisticamente significativa na comparação trimestral, subindo 6,6% (mais R$ 19,2 bilhões) na comparação anual.
Taxa de desocupação - Brasil - 2012/2024
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de janeiro a março de 2024, foi estimada em 108,8 milhões de pessoas. Esta população ficou estável ante o trimestre de outubro a dezembro de 2023 e cresceu 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2023.
A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de janeiro a março de 2024, em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2023, mostrou que não houve crescimento em qualquer grupamento. Houve redução nos seguintes grupamentos: Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-1,8%, ou menos 320 mil pessoas) e Serviços domésticos (-2,3%, ou menos 141 mil pessoas)
Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, houve aumento nos grupamentos: Construção (3,0%, ou mais 214 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (6,0%, ou mais 322 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,5%, ou mais 661 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2%, ou mais 550 mil pessoas), Outros serviços (4,6%, ou mais 238 mil pessoas) e Serviços domésticos (3,5%, ou mais 199 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-3,5%, ou menos 288 mil pessoas).
Taxa composta de subutilização – Trimestres de janeiro a março– Brasil – 2013 a 2024 (%)
A análise do rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de janeiro a março de 2024, em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2023, mostrou aumento nas categorias: Transporte, armazenagem e correio (4,3%, ou mais R$ 122), Outros serviços (6,7%, ou mais R$ 158) e Serviços domésticos (2,1%, ou mais R$ 25). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
A comparação com o trimestre de janeiro a março de 2023 mostrou aumento nas categorias: Indústria (7,5%, ou mais R$ 215), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,9%, ou mais R$ 96), Transporte, armazenagem e correio (7,1%, ou mais
R$ 198) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%, ou mais R$ 152). Os demais grupamentos não mostraram variação significativa.
A análise do rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo a posição na ocupação, do trimestre móvel de janeiro a março de 2024, em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2023, mostrou aumento nas categorias: Trabalhador doméstico (2,1%, ou mais R$ 25) e Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (2,5%, ou mais R$ 116). As demais categorias não apresentaram variação significativa.
A comparação com o trimestre de janeiro a março de 2023 indicou aumento nas categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,7%, ou mais R$ 77), Empregado sem carteira de trabalho assinada (5,9%, ou mais R$ 121), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (5,0%, ou mais R$ 225) e Conta-própria (6,1%, ou mais R$ 146).