Reaberta deste sexta-feira
Tasso Franco , Salvador |
05/08/2023 às 15:16
Casa Amarela de Artesanato
Foto: Ag Dudes
O prédio amarelo, no Porto da Barra, foi reinaugurado como Casa Artesanato da Bahia, na noite desta sexta-feira (04/08), com festa que movimentou o largo da badalada praia de Salvador. Com um novo conceito, o espaço foi criado para agregar um conjunto de elementos importantes para as políticas públicas do artesanato do estado. A festa, que iniciou com o pôr do sol na praia, contou com as participações musicais de vários blocos afros, como Banda Didá, Cortejo Afro, Malê Debalê e Filhos de Gandhy.
Muitas autoridades e convidados prestigiaram a abertura, entre eles o secretário de Turismo, Mauricio Bacelar, o superintendente da Economia Solidária, Wenceslau Júnior, o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, o presidente do Conselho Baiano de Turismo, Roberto Duran, e a presidente da Federação das Associações de artesãos da Bahia (FAAEB), Regina Lúcia Borges.
Com vários ambientes, a casa passa ser ocupada pela loja, que comercializa produtos criados pelas artesãs e artesãos; o Memorial do Artesanato Baiano, com um acervo histórico; a exposição Memórias Afetivas, com peças que remetem às lembranças do passado; espaço multiuso; e a estrutura administrativa da Coordenação de Fomento ao Artesanato da Bahia-CFA, que atenderá presencialmente os artesãos de todo estado.
A diversidade cultural é o principal diferencial do artesanato criado na Bahia. É o que os baianos e turistas vão conferir a partir do andar térreo, onde na loja estarão reunidos os trabalhos originais de qualidade de artesãs e artesãos, que refletem a miscigenação cultural de seu povo. Um mapa, desenhado em ponto estratégico, vai guiar os clientes e visitantes pela rota do artesanato no estado. Através da divisão dos territórios e identidades, será possível localizar a origem da produção artesanal quilombola, indígena, oleira (cerâmica), cestaria, carpintaria e muitas outras técnicas e matérias primas utilizadas.
Na Casa Artesanato da Bahia, a Coordenação de Fomento ao Artesanato – CFA, contempla as ações de políticas públicas e outros trabalhos, com atendimento presencial as (os) artesãs (ãos). São ações de qualificação e de fomento que envolvem diversos serviços, como cadastro, renovação da carteira, inscrição em feiras nacionais. A CFA, através do Programa do Artesanato da Bahia, promove também o atendimento à distância através da Escola Virtual Artesanato da Bahia, que oferece diversos cursos e formações, atendendo às principais demandas propostas por artesãs e artesãos.
MEMÓRIAS
No 1º andar, o Memorial do Artesanato Baiano e a Exposição Memórias Afetivas, são um convite para quem quer conhecer a história do artesanato através de peças importantes do acervo. Nos dois ambientes do espaço cultural, o público terá a oportunidade de conhecer criações de mestras e mestres consagrados, que transformam matérias em objetos de desejo, independente do tempo.
Um dos destaques, é a diversidade das peças de cerâmica que vão desde as peças clássicas do barro de Maragogipinho a cerâmica contemporânea. O Memorial tem como principal proposta a valorização do conhecimento e sabedoria que permeia os fazeres artesanais, passados de geração para geração.
A exposição “Memórias Afetivas” foi desenvolvida com a proposta de estabelecer uma comunicação mais direta com o público. A ação de se criar uma mostra permanente sobre a memória do Artesanato da Bahia também deve tornar a Casa Artesanato da Bahia mais próxima e conhecida de baianos e turistas. Na exposição, o visitante certamente vai estabelecer uma relação dos objetos expostos com os que guardam em sua memória afetiva.
O Espaço Multiuso também é um equipamento importante na Casa Artesanato da Bahia. Ele será utilizado para exposições temporárias e ações de capacitação de artesãs e artesãos, algumas com a participação do público geral, como oficinas, workshops, palestras e encontros.
.
--