Cultura

NA BEIRA (POESIAS) MARCA ESTREIA DE MEG HELOISE NA LITERATURA BAIANA

Lançamento dia 13 de junho
Frente & Verso ,  Salvador | 28/05/2025 às 18:48
Meg Heloisa
Foto: DIV
Viver ou sobreviver? Este é dilema diário de pessoas negras no Brasil, especialmente mulheres. A parcela feminina e negra ainda é a que mais sofre violências, enfrenta precariedade, falta de assistência, espaço e até de afeto. Com todas as mazelas, resistem. Sobrevivem à travessia da vida turbulenta sem deixar que os sonhos naufraguem. A escrita é uma possibilidade de existência. De resistência, um misto de refúgio e enfrentamento.

Um dos corpos negros dissidentes é da doutora em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) Meg Heloise, que lança o livro Na Beira, no próximo dia 13 de junho, a partir das 19 horas, no Museu de Arte da Bahia (MAB). “A poesia é a forma com que me conecto com o mundo. Eu estou na beira, o meu corpo está à beira de tudo. Na beira desta sociedade que nos oprime e silencia. Eu estou na beira de mim mesma para reconhecer meus afetos, vivências, memórias e ancestralidade”, define Heloise, buscando fôlego para navegar na emoção do primeiro livro solo.

A obra retrata através de poesias os atravessamentos e a existência enquanto mulher negra. Reúne 45 poemas que perpassam a subjetividade do ser mulher e negra. Lançada pela editora Segundo Selo, a obra terá pré-venda de 26 de maio a 11 de junho e sessão de autógrafos no evento de lançamento agendado pra o dia 13 de junho. O prefácio é assinado pela escritora Luciany Aparecida e, a orelha, por Silvana Carvalho.

Meg Heloise escreve poemas desde os 12 anos. A verve artística sempre foi estimulada pela mãe e pelos professores de escolas onde estudou no município de Nazaré, recôncavo baiano. A menina que cresceu entre os livros e gostava de frequentar bibliotecas, decidiu cursar Letras Vernáculas na Universidade Estadual da Bahia (UNEB). A graduação só deu mais vazão à paixão pela literatura. Depois de participar de antologias nacionais e internacionais, resolveu reunir os textos escritos em blocos de nota entre os anos de 2017 e 2024 em um projeto autoral. “Em 2020, comecei a reunir os textos para tirar o sonho da gaveta. Até então, a travessia poética tinha ficado contida em razão de tarefas e funções outras, entre demandas de pesquisa e funcionais”, conta a autora.

De certo, a atuação, nos últimos quatro anos, como curadora da Festa Literária de Aratuípe (FLITA) contribuiu com boa dose de inspiração. “Parto desse movimento de estimular a leitura, acompanhar a FLITA acontecer desde o chão das escolas, de reunir pessoas que escrevem e estimular novas publicações. Assim, a minha publicação acabou emergindo também”, celebra Heloise que, da perspectiva de pesquisadora e acadêmica, está tendo que aprender a reconhecer-se como poeta.  “Está sendo um novo movimento, fluido e prazeroso. O corpo aprende o caminho quando se move”.  


 
Serviço:

O que? Lançamento do livro Na Beira (Editora Segundo Selo, 76 páginas)

Quando? 13/06 (Sexta-feira)

Horário? A partir das 19h

Onde? Museu de Arte da Bahia (MAB)

Quanto? R$ 40,00

Como? Mais Informações @meg_heloise