PARIS - A Catedral de Notre-Dame (Catedral de Nossa Senhora de Paris) é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Sua construção data de 1163 e se situa na Île de la Cité rodeada pelas águas do rio Sena. Atualmente, não é possível visitar o interior do templo, pois passa por uma reforma diante incêndio que aconteceu em 2019 e teve grande repercussão internacional, mobilizando instituições e bilionários que doaram milhões de euros para a sua recuperação. 

 

   O templo está rodeado por tapumes, mas, ainda assim, milhares de pessoas - turistas, em especial - vão visitar o local e fazer fotos e videos uma vez que se trata do templo mais querido da cidade por sua imponência arquitetônica, história e beleza. Local onde Napoleão Bonaparte foi coroado imperador.

  É aquela velha história: quem vai a Roma quer ir ao Vaticano; quem vai a Londres conhece o Palácio Buckingham - a residência oficial da família real; quem visita o Rio de Janeiro passa no Corcovado e tira fotos no Cristo Redentor; e estando em Paris, conhece a Notre Dame, mesmo somente por fora.  

  

  Quando aconteceu o incêndio, em 2019, o templo estava em obras de renovação. Tinham sido colocados andaimes em torno dos telhados com muita madeira velha e várias estátuas de pedra e bronze foram removidas para obras de restauro e salvas das chamas. 

   O fogo teria começado no sótão e foi considerado de grandes proporções sendo combatido por 400 bombeiros. As chamas destruiram a parte superior do edifício, incluindo as duas torres sineiras e a agulha central, um ícone.

 

   Segundo o monsenhor Patrick Chauvet, reitor da catedral, a coroa de espinhos e a túnica de São Luís, dois dos artefactos mais valiosos lá albergados foram salvos das chamas. Importante destacar que a estrutura da catedral, mesmo com alguns estragos, fora preserva.

 

  A arquitetura gótica substituiu as paredes grossas das igrejas românicas por colunas altas e arcos capazes de sustentar o peso dos telhados. Como consequência, Notre Dame ganhou um aspecto mais leve, e as janelas, mais amplas e altas, foram decoradas com belos vitrais coloridos que filtravam a luz natural.

   UM POUCO DA HISTÓRIA

   A literatura e a folhetaria sobre a catedral é imensa. Dizem os historiados que, antes da construção do edifício, os celtas teriam celebrado as suas cerimônias no local onde, mais tarde, os romanos erigiriam um templo de devoção ao deus Júpiter. Também neste local existiria uma das primeiras igrejas do cristianismo de Paris, a Basílica de Saint-Etienne, projetada por Quildeberto I por volta de 528 d.C.

   Em substituição desta obra surge uma igreja românica que permanecerá até 1163, quando se dá o impulso na construção da catedral.

    A construção do templo atual iniciou-se em 1163 refletindo alguns traços condutores da Catedral de Saint Denis, subsistindo ainda dúvidas quando à identidade de quem terá "colocado" a primeira pedra, o Bispo Maurice de Sully ou o Papa Alexandre III. Ao longo do processo (a construção, incluindo modificações, durou até sensivelmente meados do século XIV) foram vários os arquitectos que participaram no projeto.

 

   A LITERATURA

Durante o espírito do romantismo, Victor Hugo escreveu, em 1831, o romance “Notre-Dame de Paris”, O Corcunda de Notre-Dame. Situando os acontecimentos na catedral durante a Idade Média, a história trata de Quasimodo que se apaixona por uma cigana de nome Esmeralda. A ilustração poética do monumento abre portas a uma nova vontade de conhecimento da arquitectura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame de Paris.