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Sillustani, às margens do Lago Umayo, turista faz meditação e renova ar dos pulmões
Foto: BJÁ
O interior do Peru é fascinante. Na região Sul, na estrada que um dia chegará a Rio Branco ligando o Brasil com o Pacífico, a 34 km ao norte de Puno, cidade às margens do Lago Titicaca e que tem o mesmo nome do Estado (Província), encontra-se o Complexo Arqueológico de Sillustani, às margens do Lago Umayo, de uma beleza extraordinária visto do alto da montanha.
Vai-se até as proximidades do local de carro e depois pega-se uma trilha turística a pé, algo em torno de 1 hora para subir e descer o morro, apreciando as edificações e as gigantestas "chullpas" (espécie de torres de pedra), edificadas por collas, tiahuanaco e incas, para enterrar os seus mortos.
Uma delas supera 12 metros de altura e têm um maior diâmetro na parte superior que na base, um desafio às leis da gravidade e ao equilíbrio. As pedras são encaixadas umas nas outras sem argamassa e se sustentam até os dias atuais, sendo visitadas por centenas de turistas de todo mundo, diariamente.
Ao pé do sítio arqueológico há um pequeno povoamento de casas ocupadas por artesão, com bodegas, um restaurante e vendedores de artesanato com tendas fixas ao sopé do morro.
Evidente que existem outras trilhas para mochileiros e estudiosos que ficam mais tempo nas montanha que cercam o complexo, inclusive com acessos ao Lago Umayo, de águas transparentes que descem das nascentes dos Andes.
Únicas no continente americano as "chullpas" dos collas abrigavam os escravos que serviam aos senhores mandatários, considerados reais. Quando um deles morria, havia uma cerminônia quando se matavam e enterravam algus escravos para que seguissem servindo seus senhores no além.
É impressionante ver estas construções e como os incas e collas a edificaram com as limitações da sua época. Há outras edificações no sítio, ruínas do relógio do sol, área de plantio e outros.
Perto deste complexo arqueológico está o Museu de Sitio, com a exposição de diversas peças das culturas Colla, Tiahuanaco e Inca.
No caminho para Sillustani e em outras trilhas para o interior do Peru, os campesinos, com o fim da guerrilha do Sandero Luminoso, ainda na época de Alberto Fujimori, o ex-presidente peruano que pôs fim ao terrorismo no país, desenvolveram um turismo sui-generis, rural, com visitas a casas dessas familia. Aguarde: Vai ser a nossa próxima reportagem (TF).