Turismo

TEM DOIDO PRA TUDO: AGORA, A "ONDA" É FAZER TURISMO EM PAÍS PERIGOSO

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| 21/09/2008 às 17:15
Erbil, capitão do Curdistão, "bom local" para fazer turismo (F/Reuters)
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  Mais de 300 civis morreram no ano passado no Afeganistão, país que ficou em terceiro na lista de lugares mais perigosos do mundo da "Forbes". A expectativa de vida média da população afegã é de apenas 45 anos, e os confrontos entre os talibãs e as forças dos EUA são diários.

É lá que você gostaria de passar as suas férias? 


 Se você disse sim, saiba que não está sozinho nessa decisão corajosa. No mês passado, 30 norte-americanos, guiados pela agência californiana Universal Travel System, desfrutaram de uma breve temporada em Cabul, a capital afegã, com direito às tradicionais visitas a museus e paisagens naturais de qualquer pacote turístico. 


O turismo em países perigosos ou devastados por guerras recentes está ganhando cada vez mais adeptos no mundo, dizem as agências de viagens, que tentam inventar tours inusitados.

PERIGO É O QUE VALE

Além do Afeganistão, há outras opções disponíveis: o Iraque, a pouco amistosa Coréia do Norte, os países africanos Ruanda e Uganda, devastados por guerras civis, ou a Geórgia, que acaba de sair de um confronto armado com a Rússia.

"Só escutamos coisas ruins do Iraque, mas queríamos promover um tour que ajudasse a descobrir este país multicultural", explica Pierre Simon, porta-voz da agência francesa Terre Entière, que em dezembro organizará sua primeira excursão ao Curdistão, no norte iraquiano.

Um representante da Terre Entière já vasculhou a região para garantir que os viajantes fiquem em um lugar seguro. O pacote, de oito dias, custará 2.250 euros (pouco menos de R$ 6 mil) e incluirá noites em centros religiosos (em vez de hotéis) e conversas com moradores locais.