Alguns secretários municipais estranharam as notícias veiculadas hoje e atribuídas ao vice-prefeito Edvaldo Brito dando conta de que o acordo fechado por ele e pela chefe da Casa Civil, Liziane Guimarães, para a remuneração do trabalho dos servidores no Carnaval, não estaria sendo cumprido.

"Todas as secretarias e órgãos se adaptaram e cumpriram rigorosamente o acordo, que previa reajuste de 30% sobre o valor da hora trabalhada", afirmou, agora a pouco, o secretário de Serviços Públicos (Sesp), Oscimar Torres.  

Segundo o secretário, o vice-prefeito, como coordenador do Carnaval, sabe que a Prefeitura gasta muito mais do que arrecada com a festa e que todas as secretarias tiveram dificuldade para honrar o acordo, sobretudo num momento em que a Prefeitura, assim com o o governo estadual e a União, passa por um contingenciamento. "Somente com limpeza, banheiros químicos e iluminação nós gastamos mais do que a cota líquida de patrocínio desse ano, já que 20% são da empresa que comercializa o evento e cerca de 2,3 milhões ficaram retidos por ordem judicial devido a uma dívida de 1993 da antiga Emtursa.

Se não dá pra cobrir os gastos da Sesp, imagina então se colocar na conta as despesas com postos de saúde, vigilância sanitária, ambulâncias, ordenamento de ambulantes e trânsito, palcos nos bairros, praticados e arquibancadas, atrações, ações de proteção à infância e de combate à discriminação, tecnologia da informação e comunicação. A arrecadação com a comercialização do Carnaval tem crescido, mas achar que é suficiente para pagar tudo isso é desinformação", disse. Oscimar lembrou ainda que, conforme já foi noticiado, cada secretaria ou órgão envolvido no Carnaval reduziu o número de horas trabalhadas ou as escalas de serviço para cumprir o acordo sem prejudicar o contingenciamento e as contas da Prefeitura.