Eram quase 17h da sexta-feira de Carnaval quando soaram os primeiros acordes da guitarra baiana de Luiz Caldas. À bordo do trio Tripodão, o artista e sua banda agitaram o circuito Osmar, saindo do Campo Grande. Como manda a tradição, o trio saiu sem cordas, com o tema "40 Anos Tocando para o Povo", em comemoração aos 40 anos de carreira do cantor.
Descalço, trajando calças estampadas em tie-dye, camiseta com a marca de um banco patrocinador do trio, e com as costumeiras tranças adornando a cabeleira, entoou clássicos como "Pixote", "Haja Amor" e "Prefixo de Verão".
Ainda no Largo do Campo Grande, o inventor do axé recebeu o cantor, compositor e percussionista Raimundo Sodré. Juntos, tocaram "A Massa", clássico composto em 1978 pelo baiano nascido em Ipirá.
O desfile de Caldas contou ainda com a participação especial de Geoffrey Chambers, cantor britânico de reggae. "Conheci Luiz através de um amigo em comum e, na mesma noite, percebi que tínhamos muito o que compartilhar. A música dele é fantástica, ele é uma figura incrível e nossos estilos se combinam", afirmou o londrino, que é descendente de jamaicanos. A dupla interpretou uma versão em inglês de "Custe o que Custar" ("No Matter"), composição de Roberto Carlos.
Ainda na Carlos Gomes, Caldas agradeceu ao banco pelo patrocínio que salvou seu Carnaval na última hora. "Graças ao Itaú, posso estar aqui fazendo esta festa maravilhosa. Que esse exemplo seja visto e seguido por outras empresas. Mais do que ninguém, os independentes precisam desse apoio", afirmou.
Depois de desfilar uma sequência de clássicos do axé como "Adaiô", "Acima do Sol" e "O Beijo", Luiz Caldas encerrou seu show com um característico solo de sua guitarrinha baiana. O artista se apresenta novamente no sábado, às 15h, no circuito Dodô (Barra-Ondina).