Sol quente, calor, samba e alegria fizeram a festa dos artistas, moradores e turistas que subiram e desceram as ruas de Portão no cortejo cultural da lavagem da Igreja de Santo Antônio, neste domingo (17). Famílias se reuniram na frente das casas, sacadas e lajes para acompanhar o cortejo, que arrastou mais de mil pessoas.

No ritmo dos tambores, baianas, capoeiristas, grupos de dança, culturais e a fanfarra Renascer do Sol caminharam da rua Queira Deus até a Igreja na rua principal do bairro, num percurso de quase 4 quilômetros. Durante o desfile, os moradores dançaram ao som das bandas de percussão. O cortejo seguiu até a igreja onde foi entoado o Hino ao Senhor do Bonfim. As baianas lavaram as escadarias e distribuíram água de cheiro.

A prefeita Moema Gramacho acompanhou o cortejo no meio das baianas, ao lado de secretários municipais. "O melhor dessa festa é que ela é construída com a participação da comunidade. Você vê o envolvimento da população. Ela ajudou a preparar a festa, muitas das atrações são daqui. Essa valorização é importante", destacou.

A Lavagem, com seus rituais, é realizada há 30 anos e foi a origem da festa que hoje ocupa três dias. A folia começou na sexta-feira, com o desfile de trios e blocos. No sábado, a alegria continuou com os blocos mirins. "Não sei quem está se divertindo mais, se ela ou eu", dizia Marluce dos Santos, com a pequena Carol nos braços, fantasiada de odalisca. A lado, aplaudindo a neta, avó era só sorrisos. Os gêmeos Lucas e Rodrigo Santos, de 6 anos, acompanhados da mãe, seguiam nos meio dos grupos culturais e chamavam a atenção.

A festa será encerrada neste domingo a meia noite.  O secretário de Cultura e Turismo Antônio Lírio disse que este foi um dos melhores micaretas de Portão. "Trabalhamos em parceria com a comunidade e artistas, a Comissão de Festejo e Associação de Trios e Blocos. Isso mostra a sintonia em trabalhar em parceria e a importância de valorizar nossos artistas". Oito blocos e 12 trios desfilaram nos três dias da festa.

Lírio destacou também a repercussão da Festa. "A cada ano mais gente participa, circulam mais turistas e quando isso acontece a cidade ganha e a população também. A economia fica aquecida gerando mais empregos formais e informais, além de favorecer o turismo em nosso município", afirma.

A ambulante, Tereza Oliveira, de 59 anos, só fazia comemorar. "Em três dias deu para tirar uma grana boa. Em quatro anos que vendo aqui, este ano realmente superou. Tudo tranquilo, organizado e o melhor de tudo sem violência".