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O Carnaval na Barra é um inferno para moradores e ainda polui o mar
Foto: Brasilazul
A presidente da Associação de Moradores e Amigos da Barra (Amabarra), Regina Macêdo, em audiência pública realizada na segunda-feira (26), no Centro de Cultura da Câmara Municipal, cobrou atenção dos poderes públicos para resolver os problemas da Barra e deu o prazo até 1º de agosto para que as reivindicações sejam atendidas. Caso isso não ocorra, a representante prometeu fazer a campanha para que os moradores só
paguem o IPTU de 2011 em juízo.
A audiência requerida pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Alan Sanches (PMDB), contou com a presença de representantes de moradores, ONGs e dos poderes públicos para debater soluções para a atual situação do local. Em fevereiro de 2010, uma comissão de moradores procurou o presidente da Câmara e protocolou uma petição através da qual relatam os principais problemas e cobram soluções. A audiência foi marcada em seguida.
Prostituição, excesso de ambulantes, sobretudo na Praia do Porto, trânsito caótico, mendicância, grande número de festas e a poluição sonora foram os problemas mais citados pelos moradores, além da fragilidade da segurança pública e do consumo de drogas.
O vereador Alan Sanches lembrou que a Barra foi o primeiro local que recebeu o projeto Câmara Vai aos Bairros, em agosto de 2009, e prometeu levar as reivindicações para que o Poder Executivo tome as devidas providências, adotando soluções permanentes.
"Nesta audiência, começamos a discutir e amadurecer as ideias para melhorar o local para turistas e moradores. O bairro carece de planejamento e mais organização. Não queremos que atitudes sejam tomadas apenas após as realizações de eventos como este. A Barra precisa de uma atenção constante", declarou.
Carnaval no CAB
O ambientalista Bernardo Mussi, do Projeto Porto Limpo, fez uma apresentação com fotos que mostram o excesso de ambulantes e o acúmulo de lixo, sobretudo após festas como Carnaval, Espicha Verão e Música no Porto. Mussi, que mostrou imagens que mostram a sujeira acumulada no fundo do mar, chegou a sugerir que o Carnaval fosse transferido para uma área alternativa, como o Centro Administrativo da Bahia (CAB), quando foi aplaudido pelos presentes.
Como justificativa, ele diz que o CAB tem ruas mais largas, não tem praia, escolas e nem hospitais por perto. "Além disso, não há expediente administrativo durante o Carnaval", completou o ambientalista.
Também estiveram presentes o antropólogo Ordep Serra e o deputado Javier Alfaya (PCdoB), que reforçou o quanto são antigos os problemas vividos pelos moradores da Barra. Os vereadores Sandoval Guimarães (PMDB), Pedro Godinho (PMDB) e Andréa Mendonça (DEM) também reforçaram o apoio às reivindicações dos moradores.