O bloco afro Bankoma reverenciou a sua comunidade com um arrastão que saiu da sede do Terreiro São Jorge Filho da Goméia, em Portão, e foi até a praça do bairro, nesta quarta-feira, às 17h. A intenção foi realizar uma confraternização com a população do entorno do terreiro e comemorar a repercussão do desfile, que trouxe notoriedade ainda maior ao bloco, representante mais forte da tradição negra de Lauro de Freitas. O secretário chefe de gabinete da Prefeitura, Aliomar Brito, e o superintendente da Promoção da Igualdade Racial, Ariosvaldo Menezes, representaram o governo municipal.

"A proposta do Bankoma é envolver a comunidade que não foi ao Carnaval, traçando uma linha que une os moradores de Portão com as suas raízes", considerou Menezes. O superintendente da Supir enfatizou o sucesso do bloco afro, ao lado do Zambiã, no carnaval de Salvador, e afirmou que eles reforçam a intenção e a crença da administração municipal em investir cada vez mais no desenvolvimento das manifestações e grupos de matriz africana na cidade de Lauro de Freitas. Aliomar Brito, que representou a prefeita Moema Gramacho, disse que ela está "muito feliz, orgulhosa e satisfeita" com a expressão do Bankoma e Zambiã no carnaval de Salvador.

O presidente da Associação São Jorge Filho da Goméia, Raimundo Neves, destacou que a proposta do Bankoma é que o carnaval não seja apenas momento de dançar e pular, mas de celebrar os frutos do trabalho do ano todo. O historiador Gildásio Freitas entende ainda que a importância do Bankoma para a população de Portão está em seus projetos sociais que tiram da criminalidade muitos jovens da região. "Vê-se sempre na imprensa crimes que envolvem jovens da comunidade, mas se deve registrar também que nenhum jovem que participa das atividades da associação estiveram envolvidos nestes fatos", apontou o historiador