(Por Dolores Orosco)
Marmanjões pulando enfurecidos com a música altíssima vinda de caixas gigantes de som, se debatendo entre si e chacolhando o cabelão comprido. A descrição poderia valer para o público de um show de metal, não fossem dois detalhes: os rapazes estão todos vestidos de mulher e o som vem do trio elétrico da banda de pagode Psirico.
"Caetano falou que prefere a gente à Beyoncé. Encontrei com ela depois do show e ela me disse ‘ai, meu Marcinho'...", brincou o líder da banda, comentando a declaração do cantor baiano, afirmando que gostava mais de Psirico que da musa americana.
A roupa de "mulherzinha" não é a única estratégia irreverente das "muquiranas" para chamar a atenção. Alguns foliões carregam placas onde se lê mensagens como "Sou a Helena de Viver a Vida", "Ai que saudade do Luiz Caldas" e "Cauã, sou toda boa", numa referência ao galã Cauã Reymond.