Pouco depois das 19h, Wanessa subiu ao palco para o show de abertura. Sem banda, cantou por cerca de 20 minutos (covers, em sua maioria, como "Hips don't lie", de Shakira) acompanhada apenas por quatro dançarinas e um DJ. Vestida com uma roupa branca e justa, com detalhes em prateado, não chegou a empolgar o público, que aguardava mesmo a atração principal.
SHOW
Com um atraso de pouco menos de meia hora, Beyoncé subiu ao palco para delírio da plateia. Um telão de altíssima definição exibia imagens do palco e da competente banda formada apenas por mulheres. "Deja vu" e o sucesso "Crazy in love" foram executadas em sequência, seguidas por "Naughty girl", "Freakum dress" e "Get me bodied", o que garantiu um início de show acelerado.
"O melhor lugar do mundo é o Brasil. Digo isso do fundo do meu coração. Estou muito feliz por estar aqui", disse a cantora, pouco depois da primeira de uma dezena de vezes em que troca de figurino. Suas roupas, aliás, procuram sempre destacar os seios e pernas, as partes mais exageradas, por assim dizer, de sua silhueta.
Beyoncé é extremamente simpática. Além de sorrir sempre, brinca com sua banda e seus bailarinos - quando as agitadas coreografias permitem -, faz elogios ao público e convida todo mundo a cantar junto com ela.
"Sei que as pessoas do fundo são as que se divertem mais", grita a diva, fazendo um agrado aos ocupantes dos lugares menos privilegiados.
Após vestir uma espécie de vestido de noiva estilizado durante as canções mais românticas do setlist, é a vez de trocar de roupa novamente para "If I were a boy", num dos momentos mais rock ‘n' roll da apresentação. Rock ‘n' roll também são as musicistas de sua banda que, vez por outra, arriscam solos e improvisos de guitarra e saxofone. Uma versão de "You oughta know", da canadense Alanis Morissette, levanta suspeitas definitivas de que Beyoncé é uma grande admiradora do gênero.
Apoiadas no repertório e coreografias do show, as cores e imagens exibidas no telão criavam o cenário perfeito para cada canção, como na balada "Smash into you", onde o fundo do mar azul tomou o palco. Ou em "Radio", em que são exibidas cenas caseiras da cantora ainda criança, muito antes de se tornar a artista vencedora de seis prêmios na mais recente edição do Grammy, realizado no último dia 31.
SALVADOR
Um trecho instrumental do show relembrou "Billy Jean", "Smooth criminal" e "Beat it", sucessos de Michael Jackson, tempo suficiente para que a cantora mudasse de lugar e aparecesse de surpresa, segurando uma bandeira brasileira, num pequeno palco erguido no centro da arena. Dali, comandou o show quase que até o fim, ora em companhia dos dançarinos, ora apontando para as arquibancadas, descrevendo espectadores e lendo faixas e cartazes.
Em "Say my name", perguntou o nome de um rapaz na pista. "Cauê", ele respondeu. E, de improviso, encaixou o substantivo próprio na letra da canção, enquanto o telão exibia imagens do incrédulo homenageado.
Por fim, cantou uma extensa versão de "Halo", em que prestou mais homenagens a Michael Jackson. "Cantem comigo todos aqueles que foram tocados pela magia de Michael", disse a cantora, enquanto uma foto do rei do pop ilustrava o fundo do palco.
Antes se despedir, cantou "Parabéns pra você" aos aniversariantes do dia ("esta é uma tradição em meus shows") e se declarou para o público carioca: "Sou de vocês. Nunca os esquecerei".
Beyoncé faz mais um show no Rio nesta segunda (8). Na quarta (10), se apresenta em Salvador na despedida da turnê "I am" do Brasil.