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INDÚSTRIA DO CARNAVAL AINDA DORME NA AXÉ MÚSICA, POR LÍGIA AGUIAR

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| 25/02/2009 às 07:36
O cantor Luís Caldas e a polemica no Carnaval
Foto: Foto; Arquivo
 

Gosto muito do multiartista Luís Caldas, que deu a partida para a renovação do ritmo do carnaval atual. Um artista completo e essencial.


Melhor seria se ele tivesse permanecido no topo até hoje, com certeza as músicas e letras seriam outras, com qualidade superior das que hoje são apresentadas, salvo poucos como o talentoso Carlinhos Brown que mantém a criatividade. Brown está levando o carnaval de Salvador "nas costas".


Quanto ao episódio LUIS versus SECULT, a meu ver, o cantor precisa ter mais cuidado com a sua brilhante carreira. Quem sabe, a parceria com uma boa assessoria possa deixar o artista livre para tão somente tratar da sua criatividade? A SECULT tomou a melhor decisão para o caso, com toda ética que Marcio Meirelles impõe em suas ações. O cantor só precisa um pouco mais de disciplina administrativa.


 A SECULT, para o próximo ano poderia, além de aumentar o número de trios pipocas, que por sinal foi uma grande ação, criar um espaço, sem a necessidade de editais de concorrências, para os cantores considerados notórios, como o próprio Luís Caldas, Armandinho, Moraes Moreira, - a grande perda do nosso carnaval - Novos Baianos, Gerônimo, entre outros, assim como entidades do nível de Ghandy, Ilê, Apaches, que este ano não saiu, e outros mais.


O próprio Luís Caldas é capaz, inclusive, de renovar outra vez nosso carnaval que está pobre e repetitivo, pois se trata de um artista de profícua produção. Não é à toa que ele lançará neste semestre mais de 130 músicas inéditas. Enquanto este carnaval, sem novidades musicais, trabalha somente duas novas músicas sem grandes atrativos.


Não entendo como as chamadas estrelas e astros de primeira grandeza da folia, durante todo o ano, não se preocupam com o seu produto principal: a música; não entendo por que não encomendam novas composições aos tantos excelentes compositores baianos, e mostrar variedade e qualidade aos foliões, além de repartir um pouco do lucro com  essas pessoas que lutam para viver; não entendo como a indústria do carnaval  ainda esteja dormindo na glória da Axé Music. Evoé Momo!