Vide
A parte mais dolorosa do Carnaval em busca da sobrevivência
Foto: Foto: BJá
Esta é a face da dureza do Carnaval. Das pessoas pobres da cidade e de outras localidades que aproveitam a festa para ganhar algum dinheiro como vendedores de produtos de toda natureza, especialmente cerveja e tira-gostos.
O circuito Barra/Ondina, o mais cobiçado pelos ambulantes, pois é onde rola mais dinheiro, são centenas de pessoas acampadas e dormindo nas calçadas, em pequenas acomodações improvisadas, num salve-se quem puder.
A Prefeitura não tem como reprimí-los, salvo se houvesse uma operação antes do Carnaval. Depois de instalados, impossível tirá-los.
Encontramos uma senhora de 53 anos, Maria Odete Santos, residente no bairro de Lobato e que faz ponto numa ladeira que dá acesso ao Centro Espanhol. Ela dorme no local e espera, se não chover como está chovendo, amealhar de ganho real no final da festa algo em torno de R$500,00.
- É uma luta, diz, lembrando que apesar de sua barraca pequena e ilegal (não pagou taxas a Prefeitura) tem despesas com gelo, compra de salcichas, tomate, etc, e paga um auxiliar que, embora da família, ganha uma diária de R$20,00. "Fora a comida, meu filho, que ainda dou a ele".