Shows

SAUDADE DA PRAÇA CASTRO ALVES QUANDO ERA DO POVO E DO ZEPELIN

Vide
| 18/02/2009 às 12:04
Com envio da foto por Marco Antonio Reis Paes
Foto:
  Quem mandou a foto foi o leitor Marco Antonio Reis Paes mostrando a Praça Castro Alves, em 1935, vendo-se, ao fundo, o dirigível Zepelin.

  Já não existia o Teatro São João e sim o imponente prédio que abriga, hoje, o Palácio dos Esportes. Naquela época tinha cara de palácio, hoje, sem manutenção, de muquifo.

  A Praça Castro Alves já foi cenário de grandes carnavais de rua, aí pelos anos 1960/1970 e até meados de 1980. 

   E que carnavais! Fantásticos. De amor à cidade, ao suor e a cerveja. Sem mercantilismo, sem violência, sem essa de tudo ser na base do dinheiro e da camarotagem.

  Infelizmente o Carnaval da Praça do povo e do avião morreu de vez. Agora, salvo Baby do Brasil e Armandinho, ninguém se concentra por lá.

  Tudo muda na vida. E o Carnaval não foge à regra. Moraes Moreira, que eternizou a Castro Alves faz Carnaval em Recife há anos. Foi banido da Bahia.

  Salvador é assim mesmo. Hoje, cultua os "Dendê no Sangue" aquelas personalidades que amam a cidade, morrem de ternura por ela, mas só na época do Carnaval.

  Depois, dão uma banana para a baianada nativa, arrumam as trouxas e vão embora.

  Hoje, os artistas têm marketing pra tudo, de fantasias retrô a estilo noviorquino Le Biscuit. E o Carnaval virou um grande negócio. Para poucos, óbvio, especialmente para os espertos "Dendês".

  Mas, paciência, quem quiser mudar o mundo que reinvente a roda. 

   Carnaval, oficialmente, abre na quinta-feira, 19, em Periperi, na Praça da Revolução, numa homenagem - deve ser - ao generalíssimo Castelo Branco.

   É isso. O tempo tá doido. Mas, como é Carnaval vale tudo.

   Pode até um "Dendê" desfilar de Zepelin no circuito Barra. 

   Amém. Amém.