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Com envio da foto por Marco Antonio Reis Paes
Foto:
Quem mandou a foto foi o leitor Marco Antonio Reis Paes mostrando a Praça Castro Alves, em 1935, vendo-se, ao fundo, o dirigível Zepelin.
Já não existia o Teatro São João e sim o imponente prédio que abriga, hoje, o Palácio dos Esportes. Naquela época tinha cara de palácio, hoje, sem manutenção, de muquifo.
A Praça Castro Alves já foi cenário de grandes carnavais de rua, aí pelos anos 1960/1970 e até meados de 1980.
E que carnavais! Fantásticos. De amor à cidade, ao suor e a cerveja. Sem mercantilismo, sem violência, sem essa de tudo ser na base do dinheiro e da camarotagem.
Infelizmente o Carnaval da Praça do povo e do avião morreu de vez. Agora, salvo Baby do Brasil e Armandinho, ninguém se concentra por lá.
Tudo muda na vida. E o Carnaval não foge à regra. Moraes Moreira, que eternizou a Castro Alves faz Carnaval em Recife há anos. Foi banido da Bahia.
Salvador é assim mesmo. Hoje, cultua os "Dendê no Sangue" aquelas personalidades que amam a cidade, morrem de ternura por ela, mas só na época do Carnaval.
Depois, dão uma banana para a baianada nativa, arrumam as trouxas e vão embora.
Hoje, os artistas têm marketing pra tudo, de fantasias retrô a estilo noviorquino Le Biscuit. E o Carnaval virou um grande negócio. Para poucos, óbvio, especialmente para os espertos "Dendês".
Mas, paciência, quem quiser mudar o mundo que reinvente a roda.
Carnaval, oficialmente, abre na quinta-feira, 19, em Periperi, na Praça da Revolução, numa homenagem - deve ser - ao generalíssimo Castelo Branco.
É isso. O tempo tá doido. Mas, como é Carnaval vale tudo.
Pode até um "Dendê" desfilar de Zepelin no circuito Barra.
Amém. Amém.