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BLOCO COME LIXO COMPLETA 56 ANOS E SÓ ACEITA DOIS QUILOS DE ALIMENTOS

É o Carnaval da irreverência
| 18/02/2009 às 20:01
É o Carnaval da irreverência que está acabando. Que venha o povo, como diz Zé Bim
Foto: Foto: GS

Com mais de um mil integrantes, o segundo bloco mais velho do Carnaval da Bahia, o Come Lixo, fundado em 1953 vai desfilar na sexta-feira, 20 de fevereiro, do Campo Grande ao Pelourinho; e na segunda-feira, 23, na Mudança do Garcia.
 
Famoso pela sua banda de instrumentos de sopro, formada por crianças e adolescentes, a associação recreativa realiza trabalhos ambiental e social na Ilha de Maré, no Nordeste de Amaralina, no bairro da Saúde e em áreas da periferia de Salvador. Para participar, o folião deve levar dois quilos de alimentos não-perecíveis.


"Nossa associação tem uma proposta de preservação da natureza e de alertar a sociedade para os males causados contra o meio ambiente. No aspecto social, trabalhamos o ano inteiro em comunidades economicamente carentes", explica Gilmar Del Rey, presidente da entidade.


ASSOCIAÇÃO
COME LIXO

Criado apenas para ser um bloco carnavalesco, a agremiação se constituiu na Associação Recreativa, Cultural e Carnavalesca Come Lixo que, além do apelo aos problemas ambientais, estendeu suas atividades na área social, promovendo diversas ações que resultem em melhor qualidade de vida à população de baixa renda de Salvador.


Gilmar destaca que a missão da Associação Recreativa, Cultural e Carnavalesca Come Lixo é atuar ativamente como agente de educação ambiental na conscientização da população, no sentido de valorizar e proteger o meio ambiente. "Atuamos como multiplicador da consciência ambiental", frisa.


Apostar na educação como uma das principais ferramentas na luta pelo resgate da saúde ambiental e social. Com programas sociais, a associação atrai crianças e adolescentes que passam a ter um objetivo imediato, sintetizado no resgate da cidadania. A associação chega ao público infanto-juvenil através de visitas nas escolas, palestras educativas, peças teatrais e jogos interativos, desenvolvendo a noção de consciência ambiental desde cedo.


Afinal, o aumento da produção de lixo nos últimos dez anos superou o aumento populacional em mais de 3 vezes. Enquanto a população da cidade cresceu 15%, a produção de lixo cresceu 54%. As políticas existentes não se mostraram suficientes para educar a população e reaproveitar os resíduos descartados. A maior parte da população da cidade possui baixa renda e não tem acesso à educação ambiental ou a uma coleta eficiente do lixo que produz, comenta Gilmar Del Rey.


CONTATO


Gilmar Del Rey, no Edifício São Jorge, sala 2001, na Rua da Ajuda, ou no Paço, telefones 3321-8342 e 9131-0559.