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BLOCOS AFROS DIZEM QUE SÃO DISCRIMINADOS P/ PREFEITURA E QUEREM APOIO

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| 26/01/2009 às 13:19
Ari, Apolinário e Bailado na Nova Salvador FM durante entrevista nesta segunda-feira
Foto: Foto: BJá
  Entidades carnavalescas afro estão cobrando da Prefeitura do Salvador uma verba de ajuda para que possam desfilar no Carnaval 2009.

  De acordo com Oswaldo Bailado, diretor do bloco afro Liberdade, até agora não há sinais da Emtursa no sentido de repassar valores para as entidades menores e que organizam seus carnavais a partir das comunidades, nos bairros.

  - Estamos à míngua - diz Bailado. A mesma opinião tem Albino Apolinário, presidente da Uniregaae, entidade que congrega 5 blocos samba-reagaae, e Ari Sena, vice presidente da Ala B. Eles estiveram na Rádio Nova Salvador FM nesta manhã de segunda-feira, 26, queixando-se da falta de apoio.

  Para Ari Sena, ele não tem dúvidas de que há discriminação com os blocos afros embora Salvador seja uma cidade com predominância de população negro-mestiça. Entende Ari que "o aparthaid continua e nós somos colocados num terceiro plano, sem apoio, sem ajuda, sem patrocinadores".

  Os dirigentes das entidades afro também não entendem porque a Central do Carnaval não colocam suas entidades para serem vendidas nos pacotes do Carnaval.

  Na tarde desta segunda feira, com intermediação do vereador Alcindo da Anunciação, as entidades afro vão bater na porta de Emtursa para cobrar uma satisfação e recursos.
Segundo Alcindo, porta-voz desses blocos na Câmara, "são essas entidades que promovem o verdadeiro Carnaval de Salvador".

CARNAVAL
OURO NEGRO

Os três dirigentes de entidades também querem entender qual o critério que a Secretaria de Cultura do Estado usa na distribuição dos recursos (R$3 milhões para 110 blocos) para apoiá-los durante o Carnaval, pois, dizem que blocos que vendem chapéus e camisas (caso dos blocos de samba e que só desfilam um dia) recebem mais do que afoxés e blocos afros.