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IMPRENSA BAIANA PERDE SENSO CRÍTICO E FAZ LOUVAÇÃO EXAGERADA DA FESTA

O que é lamentável
| 06/02/2008 às 11:12
Parcela significativa da imprensa baiana perdeu o senso crítico durante o Carnaval.

  Aconteceram louvações exageradas sobre diferentes aspectos da festa, quer no plano cultural e artístico; quer diante das instituições governamentais e empresas privadas.

   Já que o Carnaval se tornou um grande negócio, as empresas de comunicação se engajaram de corpo e alma nesse princípio e quis levar a sua parte, como de fato levou. E como levou.

    Não faz mal que leve e é até justo que assim aconteça, pois, ninguém consegue viver de brisa. Mas, entre o levar e perder o censo crítico (e aí muitos jornalistas, radialistas e apresentadores de TV compactuaram com isso), estabeleceu-se um ufanismo exagerado da Bahia, do melhor Carnaval do Mundo, da melhor banda do planeta, da melhor cantora da estratosfera, do melhor grupo da terra, do Deus negro, e por aí seguiu.

   Uma distância enorme entre a realidade e o virtual. Entre a verdade histórica e o factóide casual.

   Houve mascaramento de números de autoridades governamentais, cantores dando xiliques e dizendo-se rainha e reis da Barra destratanto a autoridade municipal e até o público, uma bobageira poética de dar pena, desorganização geral nos circuitos, e pouco ou quase nada se ouviu dos veículos de massa (Rádio e TV) e dos impressos.