Os ladrões estão à solta em Ondina e está faltanto inteligência à Polícia
Baianos e turistas estão sofrendo bastante trabalho na tentativa de conter os ataques dos ladrões. A quarta noite do carnaval no circuito Barra/Ondina foi marcada por marcada por um grande número de assaltos. A vítimas, na grande maioria das vezes, são turistas de pele clara, que, desavisados, carregam grandes altas em dinheiro ou pertences de grande valor.
A reportagem do Bahia Já presenciou situações preocupantes. Primeiro, ainda na Barra, um grupo de assaltantes comentando sobre os seus futuros alvos. "Hoje vou meter a mão no bolso do gringos na cara de pau. Vou fazer vida pra poder pagar um bloco de pagodão na Avenida", afirmou o mais jovem dos integrantes do grupo.
Ao longo do circuito da folia diversos grupos de marginais esperavam o grupo de policiais se distanciar para começar o ataque. Cada integrante tinha uma função. Uns trombavam nas vítimas com a intenção de distraí-los, outro enfiava a mão no bolso para retirar dinheiro ou algum pertence de valor, enquanto outro se mostrava solidário com a vítima fingindo tentar defendê-lo do ataque. Tudo armado.
Já na altura da Ondina, a resistência de um turista provocou a ira de outro grupo de assaltantes. O grupo era diferente, mas a tática foi a mesma. Só que quando o encarregado de retirar a corrente de prata conseguiu tirá-la do pescoço do gringo foi surpreendido com um poderoso direto de direita do turista que deixou o ladrão atordoado. Os comparsas, irritados com a ousadia do gringo, além de roubá-lo começaram a bater e a esmurrar o turista na frente da mulher que tentava defendê-lo e da filha que chorava muito.
Ao ser entrevistado pelo Bahia Já, o empresário de Florianópolis, Romeu Azevedo, minimizou o ataque sofrido a poucos instantes. "Já tinham me avisado que isso poderia acontecer, mas não imaginei que seria com tamanha violência. Não levaram nada de valor. Aquela corrente não era de prata", contou Azevedo.
Ainda na Ondina, a estudante de direito, Márcia Almada, foi outra que saiu pra se divertir e teve que voltar mais cedo para casa. "Fui fazer xixi com minha amiga e nós duas fomos assaltadas por um pivete com um estilete na mão. Tinham policiais por perto, mas fiquei com medo gritar. Nem a polícia eles estão respeitando?", questionou, indignada a estudante. (Repórter - Marivaldo Filho)