O bloco puxado por Daniela Mercury (Crocodilo) muda de perfil e reúne parte da tribo que era acolhida no Os Mascarados, de Margareth Menezes, este ano, em decadência. Ou seja, o bloco "crocodilou" e está assumindo (em boa parte) a bandeira do arco-iris.

  O que se viu no circuito Barra Ondina neste domingo foi uma enxurrada de "homens", trans, gays, lésbicas e outros modelos se beijando e se bolinando numa edição baianês de Sodoma e Gamorra, em plena luz do dia e sendo flagrados pelas câmaras fotográficas e de televisão.

   Como em Carnaval tudo pode foi uma verdadeira sacanagem posta aos olhos de adultos, crianças, famílias e quem estivesse no circuito. Que houve excesso não se tem dúvidas e, embora os atos tenham sido praticados por adultos, o Juizado de Menores não gostou do que aconteceu.

   OUTRA PÉROLA

   Outra pérola da cultura popular do Carnaval partiu da cantora Preta Gil na sua  passagem no "Expresso 2222", neste domingo, no Circuito Barra-Ondina. A filha do ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou que é muito assediada, mesmo estando acima do peso ou não. 

   "Estão me chamando de baleia e o c... Eu quero que se f... Tem homem e tem mulher atrás de mim. Isso é o que importa, não é mesmo?", afirmou a cantora.

   Após cantar a música Metralhada, do Saidysamba, a cantora desabafou ainda mais. "Tenho celulite mesmo e estou pegando geral. A gente tem aquilo que eles querem. Na hora do 'vamo vê' é atrás da gente que eles vêm".

   Preta Gil aproveitou ainda para cutucar, em tom de brincadeira, o músico Armandinho, que estava no bloco da frente, na avenida Oceânica. "Armandinho está travando tudo. Mas tudo bem, ele faz o frevo de lá, a gente faz a p... daqui".

   A cantora dividiu o palco do trio-elétrico com outros dois nomes conhecidos da música baiana: Pepeu Gomes e Jauperi. O trio cantou desde Cotidiano, de Chico Buarque, até A Camisa e o Botão, do Babado Novo.