É o Carnaval de Salvador em movimento
Depois de muita lambança Prefeitura anuncia que só conseguiu R$6 milhões de patrocínio (F/Div)
Foto:
Está havendo uma "guerra de poderosos" entre Bradesco e Itaú, como aconteceu recentemente entre Bradesco x Banco do Brasil pelas contas dos servidores estaduais, no sentido de ocupar os espaços durante o Carnaval de Salvador.
O Banco Itaú é um dos patrocionadores oficiais da festa e estaria, com apoio do Conselho do Carnaval, impedindo ou tentando impedir que o Bradesco compre patrocínio em blocos e coloque balões promocionais nos circuitos da folia, no âmbito dos blocos.
Como se sabe, tradicionalmente, os patrocinadores oficiais do Carnaval se utilizam com exclusividade dos espaços públicos ao longo dos circuitos, como aconteceu com a Credicard e a Nova Shin em carnavais recentes, mas, os espaços dos blocos são considerados privados e abertos a todo tipo de patrocínio.
Acontece que, em alguns casos, esses espaços recebem mais destaque da mídia e atenção do público do que os amplos espaços públicos (Campo Grande, Praça Castro Alves, Barra/Ondina) daí que está havendo uma ciumeira enorme do Itaú, que deseja dar visibilidade maior a sua marca, na sua primeira participação do Carnaval, e quer exclusividade mais ampla.
Agora, segundo divulgado pela A Tarde, o arrecadado pelo patrocínio oficial da festa (R$6 milhões fora o percentual da agência vendedora) depois de muita lambança e uma poluição visual enorme na cidade, vai cobrir apenas algo em torno de 10% do valor a serem gastos na folia, num total de R$55 milhões, segundo dados oficiais da Prefeitura (R$25 milhões) e governo do Estado (R$30 milhões).
Até o governo Antonio Imbassahy (2004) a Prefeitura gastava no Carnaval, e o mais dispendioso deles foi o CarnÁfrica (R$11 milhões) daí que, segundo o vereador Paulo Câmara (PSDB) os números apresentados pela Prefeitura em termos de gasto são bastante elevados.