Mudanças à vista visando o Carnaval 2008, o último da gestão do atual prefeito, João Henrique (PMDB). Uma Comissão Executiva da Festa foi instalada na última quinta-feira, 31, e entre algumas idéias apresentadadas o Carnaval deverá ter dotação orçamentária, colocando no rol dos investimentos fixos do governo municipal o Carnaval.

   Ou seja, as entidades menores e os grupos carnavalescos que não conseguem patrocínios de empresas privadas, teriam assegurado recursos orçamentários para que desfilem durante o reinado de Momo. A questão é saber quais seriam essas entidades beneficiadas e como repartir o bolo.

   Ademais, teme-se que com o Carnaval orçamentário apareça uma enxurrada de novas entidades justamente para se beneficiarem desses investimentos.

   Segundo Pedro Costa, coordenador Executivo do Carnaval, três assuntos são prioritários: efetivar o Carnaval como gerador de emprego e renda; utilizar o potencial cultural da cidade para tornar a festa mais atrativa (com ênfase nos afoxés, blocos afro e grupos de samba); e fazer o Carnaval rentável para todos os autores envolvidos.

   São, portanto, questões que se arrastam durante anos e que não deverão ser equacionadas a curto prazo, até porque, com a rotatividade das direções na Emtursa, órgão que (a rigor) gerencia o Carnaval, e a antecipação da festa em 2008 (o Carnaval começará dia 31 de janeiro, quinta-feira) esses objetivos, a curto prazo, não serão atingidos.

   Ao que tudo indica o Carnaval 2008 continuará sendo subsidiado pela Emtursa e Bahiatursa diante da pressão que as entidades exercerão sobre esses órgãos, e a Prefeitura e o Governo do Estado (especialmente este) tem que arcar com os custos dos aparatos de segurança, saúde, limpeza e outros.

   Pelo visto, a profissionalização da venda do produto Carnaval, que seria tocada pelo ex-presidente da Emtursa, Fernando Ferrero (exonerado esta semana) foi para o espaço sideral. Os problemas de 2007, ao que tudo indica, se repetirão em 2008.