No mês de junho, o projeto Patrulha do Bem - iniciativa da Polícia Militar da Bahia - ganha uma edição especial, com direito a quadrilha, trio nordestino e homenagem aos santos juninos. O evento de abertura foi realizado na tarde desta segunda-feira (5), para as crianças atendidas no Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACCI), no bairro da Saúde, em Salvador.
O projeto é desenvolvido pelo Grupo de Teatro da PMBA, que já existe há 19 anos e realiza peças de prevenção às drogas e combate à violência nas escolas. “O grupo se predispõe agora no São João, de forma voluntária, a trazer para instituições diversas uma mensagem de paz, na corrente do bem, através do teatro, da música e da dança, despertando afetividade e acreditando que podemos transformar a nossa sociedade através do despertar da afetividade”, destaca o capitão Elton Santana, coordenador do Grupo de Teatro da PMBA.
Até o dia 14, outras oito instituições vão receber o espetáculo 'Três Santos de Devoção: Antônio, Pedro e João', uma autêntica quadrilha junina, acompanhada de um trio nordestino, composto por policiais militares que se voluntariaram a fazer o trabalho em dias de folga. “Para mim e acredito que para os outros, é muito gratificante a gente levar um pouco de alegria para as pessoas que estão precisando deste momento de descontração”, afirma a cabo Zuleica Gonçalves, uma das cantoras do grupo.
O Núcleo de Apoio à Criança com Paralisia Cerebral (NACPC), o Abrigo Nosso Lar e o Lar Franciscano são algumas das instituições que vão receber a Patrulha do Bem em junho. “É emocionante ver [a alegria] nos olhinhos e os sorrisos. Isso é o que nos paga”, acrescenta a cabo Zuleica.
Para o psicólogo do NACCI, Mário Cunha, iniciativas como essa são positivas tanto para quem oferece quanto para quem recebe. “A música e a arte são benéficas em qualquer tratamento. É um momento de descontração e também de interagir para as crianças em tratamento oncológico. Para as mães, é hora de relaxar. E para o policial militar, é esperança, é motivação e melhoria na autoestima”, ressalta o psicólogo.
Acompanhando a filha Yasmin, que faz tratamento há sete meses, a dona de casa Ana Maria Souza, da cidade de Amargosa, aprova este tipo de ação. “Acho uma iniciativa muito importante porque deixa a gente, mãe, muito feliz e as crianças também, principalmente a minha filha, que gosta muito de dançar”, comenta Ana Maria.