A PMS investiu R$800 mil na requalificação e o prefeito ACM Neto compareceu à reinauguração
Da Redação , Salvador |
05/04/2017 às 15:28
Mercado do Peixe em Água de Meninos
Foto: Max Haack
O Mercado do Peixe de Água de Meninos construido na gestão do prefeito Antonio Imbassahy (2003) e que foi se degradando na gestão de João Henrique, recebeu, abgora, com o prefeito ACM Neto, investimentos de R$ 800 mil em sua requalificação.
Toda a estrutura foi revitalizada, bem como as redes hidráulica e elétrica. Além disso, o espaço recebeu uma câmara fria, para acondicionamento adequado e eliminação do mau cheiro gerado pelas vísceras retiradas dos peixes que antes eram descartadas na via pública, gerando odores incômodos à vizinhança. Agentes da Semop, responsável pela administração do espaço, vão atuar no local realizando a fiscalização e garantindo o funcionamento adequado dos espaços. A estrutura atualmente possui 75 boxes e conta com 58 permissionários.
Banho dos meninos - A história do Mercado Popular de Água de Meninos se mistura com a história da Feira de Água de Meninos, antigo comércio informal móvel surgido na década de 1930 na região do Armazém 7 da Companhia das Docas da Bahia, entre o porto e a Avenida Oscar Pontes, na Cidade Baixa. De acordo com historiadores, uma das hipóteses para o surgimento da feira seria o banho costumeiro dos meninos, vindos dos bairros do Barbalho e Santo Antônio, nas bacias formadas pela maré baixa na Praia da Jequitaia.
Também conhecida como Feira do Sete, era o ponto de comércio de produtos variados, trazidos do Recôncavo baiano pelos famosos saveiros. O tempo foi passando e o crescimento, de forma desordenada, também. A ponto de, no fim da década de 1950, já haver uma movimentação para relocação dos comerciantes para a área da enseada de São Joaquim. Apesar das condições precárias, a feira era bastante procurada pela variedade e pelo preço, mais baixo do que o praticado em outros pontos da capital baiana.
No entanto, em setembro de 1964, a Feira de Água de Meninos desaparece em meio a dois incêndios provocados por vazamento nos tanques de combustíveis de empresas petrolíferas existentes na localidade. De acordo com o Jornal da Bahia, na época, foram consumidos pela tragédia 620 barracas, 66 depósitos e 847 bancas, além de seis vítimas. Os comerciantes, em sua maior parte, foram relocados então para São Joaquim, em uma área cedida pela Prefeitura e Estado, onde permanecem até hoje.
Já o imóvel – chamado apenas de Mercado Popular na ocasião – foi construído em 1946 por Manoel Pinto de Aguiar, fundador da Editora Progresso, em um terreno cedido pela Prefeitura bem em frente à Feira de Água de Meninos, atual Avenida Jequitaia. O período de concessão foi de 30 anos e, após esse prazo, o mercado foi entregue ao município. No Mercado Popular surgiu o primeiro restaurante de comidas típicas de Salvador: o Maria de São Pedro, montado pela conhecida cozinheira de mesmo nome, nascida em Santo Amaro da Purificação. Apesar da variedade de produtos, a especialidade do local ficou marcada mesmo pelo comércio de pescado.
A atual estrutura do Mercado Popular de Água de Meninos foi construída pela Prefeitura em 2003, na gestão do prefeito Antonio Imbassahy. Na ocasião, o espaço foi dividido em 50 boxes no andar térreo para a venda dos mais variados tipos de frutos do mar, além de restaurantes para os frequentadores no primeiro piso. No entanto, a ação do tempo foi degradando o lugar, até terem as atividades suspensas em 2015 para realização das obras de requalificação.