Com informações de A Tarde
Da Redação , Salvador |
16/02/2017 às 18:50
Ravengar seria reivincidente
Foto: Silvio Tito
Um dos principais líderes do tráfico de drogas na Bahia desde os anos 2000, Raimundo Alves de Souza, o Ravengar, 64 anos, foi preso mais uma vez por tráfico de drogas, durante operação da Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, 16, em Salvador. O criminoso cumpria pena em regime semiaberto pelo mesmo crime e estava sendo investigado há dois anos.
Na 'Operação Petros', dois filhos, um neto, a ex-esposa de Ravengar e um outro homem também foram presos por suspeita de participarem da quadrilha. Ele foram identificados como: Izidio Alves de Souza Neto (filho), de 41 anos, Emerson Silva Napoleão Souza (filho), 27 anos, Willian Ailton Silva Souza (neto), de 23, Ana Carolina Ramos Vilas Boas (ex-mulher), de 25, e Josué Messias Guimarães dos Santos.
Segundo a polícia, o grupo comandava o tráfico de drogas na região do Morro do Águia, no bairro de Fazenda Grande, e também nos bairros de Pero Vaz e Paripe. O local onde o suspeito morava não foi divulgado.
Os seis criminosos foram apresentados na tarde desta quinta, no prédio da Polícia Civil, na Pituba, pela delegada Andréa Ribeiro, coordenadora de Narcóticos, e pelo delegado Alexandre Galvão, do Draco.
Segundo as investigações colhidas ao longo de dois anos, Josué Messias seria o braço direito de Ravengar, atuando na quadrilha como gerente. “O grupo foi preso em função de vários crimes cometidos recentemente, embora todos tenham passagem pela polícia, por tráfico”, explicou o delegado Alexandre Ramos Galvão.
A operação cumpriu quinze mandados de busca e apreensão. Inclusive, a polícia também conseguiu prender Sílvio da Silva Napoleão, condenado a onze anos de prisão por tráfico. O criminoso, no entanto, não tem ligação com Ravengar.
Todos os suspeitos foram encaminhados para o sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça.
Ravengar
Acusado de ser um dos maiores criminosos do estado, Ravengar liderou por muito tempo o tráfico de drogas no Morro do Águia, no Retiro, e foi preso no distrito de Monte Gordo, em Camaçari, no Litoral Norte.
Ele foi condenado a 25 anos, mas teve pena reduzida para 22. O criminoso ficou preso em regime fechado entre fevereiro de 2004 a maio de 2012, quando obteve a mudança na pena para o semi-aberto. Com isso, ele foi transferido da Penitenciária Lemos Brito, na Mata Escura, para o presídio de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
Já no ano de 2009, ainda na Lemos Brito, Ravengar foi acusado de ter criado uma cartilha, denominada de o Código Ravengar. No texto que foi entregue aos presos, tinha regras de comportamento e as penas previstas para quem as descumprissem no Pavilhão 1.