A CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras, representada localmente pelo Fórum CONEN – Bahia, mais uma vez estara realizado neste no próximo domingo, 20/novembro /2016, às 14 horas  a 37º MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA  ZUMBI DOS PALMARES 2016, partindo do Campo Grande  até o Pelourinho.

Trata-se de um ato político de caráter panafricanista, que anualmente trás para reflexão de toda sociedade, em especial para a população negra, a história do QUILOMBO DOS PALMARES.

 

Esta manifestação tera como tema: “MALÊS UMA OUTRA REVOLTA NA  DÉCADA INTERNACIONAL 

AFRODESCENDENTE / 2015 – 2024 ”, tema este que representa uma campanha desta organização, reivindicando exaltar a Praça do Campo da Pólvora enquanto sitio histórico da memória da população negra, pois a exemplo da Praça da Piedade naquela praça foram fuzilados em 1835 4 heróis lideres negros da Revolta dos Malês.

Enquanto ato político, os posicionamentos no decorrer da atividade estara contextualizando com outras bandeiras de luta relacionadas à conjuntura do nefasto momento político nacional.

O feito heróico da REVOLTA DOS MALÊS, ocorrido no dia 25 de janeiro de 1835 nesta cidade do Salvador, se constitui em um referencial de alto grau  simbólico,  de natureza histórica, política e cultural da participação do povo negro nas lutas desde África até o Brasil, contra o poder imperialista, assassino e opressor, lutas estas contribuintes à elevação e consolidação da nossa auto – estima de pertencimento na diáspora africana.

Trazer este fato histórico para os dias atuais,  significa reacender a chama do espírito revolucionário da rebeldia Malê necessária  para impulsionar a luta do conjunto dos oprimidos em especial a população negra, enquanto maioria do povo brasileiro sob  a qual desaba toda carga opressora de retrocesso do momento político nacional.

É tarefa fundamental da CONEN instituir a denúncia, dar visibilidade aos graves problemas sociais do país no campo e na cidade, em especial os que afetam a população negra (fome, violência, extermínio de crianças, desemprego, etc.), enterrando definitivamente o mito da democracia racial, trazendo a questão racial como um dos grandes impasses nacionais a serem solucionados num projeto alternativo de Brasil, elementos indispensáveis à luta pela melhoria da qualidade de vida da população negra.