Com informações do Correio
Da Redação , Salvador |
16/11/2016 às 10:07
Bagunça na cidade
Foto: Rep TV Bahia
Um grupo de taxistas que trabalha na área do Mercado Modelo fechou o trânsito na manhã desta quarta-feira (16), na Avenida da França, no bairro Comércio, em Salvador, em protesto contra o UBer. Segundo informações da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o protesto começou cedo mas já acabou.
Colocaram fogo em pneus nas duas vias. O trânsito está congestionado, no sentido Avenida Contorno, e os prejuizosa no comércio são enormes. Quem paga essa conta?
Equipes da Transalvador foram encaminhadas ao local pra organizar o trânsito e orientar os motoristas. Como opção, os condutores devem retornar antes do Terminal Náutico e seguir pelo Túnel Américo Simas. Os Bombeiros também estiveram no local para apagar o fogo.
O taxista Luiz Guilherme Carmo, 42, disse que um motorista de Uber o ameaçou com uma arma, por volta de 17h30 desta terça-feira (15). De acordo com ele, o motorista estava em um Prisma Preto e se identificou como policial.
"Ele chegou aqui, eu estava puxando a fila de táxi, só me aproximei e pedi a ele que não ficasse próximo, porque é um desrespeito a nós. Foi aí que ele sacou a arma e disse que era motorista de Uber nas horas vagas porque é policial", disse. Ainda segundo ele, o motorista de Uber continuou parado até pegar um passageiro que saia do terminal de lanchas.
O também taxista Clôdes Carvalho, 43, disse que câmeras da Transalvador flagraram a ação. "Nós queremos que eles vejam as imagens e, principalmente, nossa situação. Estamos nos sentindo prostituídos, sem valor. É um absurdo diante dos valores que pagamos de taxas", reclamou.
Segundo Clôdes, não é a primeira vez que taxistas sofrem ameaças de motoristas de Uber com armas. "Já houve outra, há pouco mais de um mês aqui mesmo nesse ponto. Estamos casados. Tudo isso porque solicitamos que ele não pegasse passageiro na nossa frente, porque é falta de respeito", salientou.
O organizador do movimento no Terminal da França, o taxista Washington Virgínio, 37, disse que a classe exige mais fiscalização da prefeitura. "Eles são clandestinos e clandestinos precisam ser fiscalizados. Nós somos, mas eles não, estão aí tranquilos, rindo da nossa cara", disse.