Salvador

A DOR DA FAMILIA no sepultamento dos irmãos assassinados no Trobogy

Muita comoção no sepultamento
Correio , Salvador | 08/10/2016 às 18:11
Sêo Henrique de Souza (o pai), de camisa branca, é amparado
Foto: Mauro Akin Nassor

"Dor, só dor. Deus está me segurando. Desde quinta que não como, nem durmo", dizia, inconsolável, o pai dos três, Henrique de Souza Reis. Ele fez questão de que o caixão de Juninho fosse enterrado coberto pela bandeira do Bahia. "Ele amava o time". 

A família morou a vida toda na Baixa de Quintas e havia se mudado para o Trobogy há 8 anos. Muitos amigos e familiares dos dois bairros compareceram à despedida. "Fomos criados juntos aqui. Brincávamos na rua, tomávamos banho na fonte, todos tiveram uma boa educação", contou uma ex-vizinha que preferiu não se identificar.

"Patrícia criou no ano passado um grupo de WhatsApp para que ficássemos mais próximos. Ela estava muito feliz, sempre na correria, trabalhando em campanha política, em salão, em shopping, não parava", disse outra amiga de infância, que também preferiu não se identificar. "No dia 5, ela publicou no Facebook uma mensagem que dizia 'Num lugar chamado paz'. Agora, espero que esteja em paz", completou, emocionada. 

Rodrigo Alves, vizinho do Trobogy, sentia a perda do parceiro de todas as horas. "Juninho era uma pessoa muito querida por todos no bairro. Muito prestativo, não negava ajuda a ninguém. Ele estava feliz porque tinha conseguido emprego num shopping há dois meses" , contou o contador. 

Ainda não há informações sobre a autoria do crime. A polícia investiga se há ligação das mortes dos irmãos com outros três assassinados na mesma manhã, na Via Regional.  Todas as vítimas foram executadas com armamento de grosso calibre.