Com informações de A Tarde
Da Redação , Salvador |
16/09/2016 às 15:27
Jovem nega ter participado do crime como executor
Foto: Edilson Lima
Um dos homens suspeitos de participar do homicídio e ocultação do corpo do sargento reformado da Polícia Militar (PM) Eduardo Henrique Bispo dos Santos foi apresentado nesta sexta-feira, 16, pela Polícia Civil. Daniel Santos de Jesus, 21 anos, foi preso na última terça, 13.
Ele foi detido por uma força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) para investigar os crimes contra o PM. De acordo com a polícia, Daniel teria participado do sequestro, execução e ocultação do corpo do sargento, o que é negado pelo jovem. Em depoimento, Daniel disse que o sargento foi morto por ser policial.
O sargento desapareceu, no último dia 31 de julho, ao sair da casa do filho na Lagoa da Paixão, na região de Valéria, em Salvador. Ele foi abordado quando deixava o local, que é dominado pela facção Katiara, que é conhecida por não permitir a presença de policiais na região.
Daniel disse que dois comparsas perceberam que o policial estava armado depois que ele pegou na cintura quando pilotava sua motocicleta.
A dupla parou o PM, tomou o revólver e levou o sargento para um sítio abandonado em Nova Brasília de Valéria, onde ele foi torturado. Daniel alega que não participou da execução do sargento. Segundo ele, seu papel foi vigiar o sítio enquanto o grupo agia.
A motocicleta utilizada pelo PM foi encontrada no dia seguinte na região do CIA, em Simões Filho. Já o corpo do PM foi achado na última terça, 13, na Lagoa da Paixão.
Além de Daniel, a polícia disse que outros seis suspeitos participaram da morte do PM. São eles: Anderson dos Santos, o "Bigo"; Eduardo dos Santos Rodrigues, o "Dudu"; Ademário Conceição Barreto, o "Kial"; e outros homens conhecidos como "Bugro", "Barata" e "Dino".
Conforme a investigação, há outros envolvidos na ação: Adailson Assis das Neves, Robson Luiz Gomes Lima e outros homens identificados como "Edi", "Desenho", "Cassiano", "Jhon Jhon", "Macaco" e "Latro".
Eles teriam envolvimento com a facção Katiara e são responsáveis por armazenar drogas e armas.