Reduzir possíveis focos do mosquito Aedes aegypti nos pneus que, quando expostos, podem acumular água parada e favorecer a proliferação do vetor transmissor da dengue, zika e chikungunya. Esse foi o objetivo principal das Ações de Mobilização Nacional - Entulho Zero, que acontecem, simultaneamente em 10 estados, e vai até o próximo sábado (17). Na manhã desta quinta-feira (15), cerca de 1,3 mil pneus estocados no Almoxarifado Central do Estado da Bahia, no bairro da Mata Escura, em Salvador, foram recolhidos e encaminhados pela Reciclanip para empresas de trituração.
Na Bahia, a ação foi promovida pela Sala Estadual de Coordenação e Controle (SECC) e teve a participação da Secretaria de Administração (Saeb). De acordo com a técnica da Secretaria da Administração (Saeb), Berila Conceição, cada secretaria de governo tem o dever de depositar os pneus inservíveis no galpão. "É preciso fazermos essa destinação adequada para esses pneus, a fim de evitar a transmissão de doenças à população", disse.
O Governo da Bahia já faz esse tipo de coleta responsável desde 2010. Para a sanitarista da Secretaria da Saúde (Sesab), Marta Lima, esse tipo de movimento reforça a necessidade de um ação conjunta das secretarias estaduais no combate ao Aedes aegypti. "Para que se tenha sucesso nessa empreitada é preciso que todos caminhem juntos: administração, saúde, meio ambiente e haja sensibilização geral", destacou. Na Bahia, além da capital, houve coleta também em Brumado, Jequié e Guanambi.
Mobilização
O Ministério da Saúde tem reunido esforços no combate ao Aedes aegypti, convocando o poder público e a população. O governo federal mobilizou todos os órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais. Neste ano, diversas ações foram organizadas em parceria com outros órgãos e entidades, como a mobilização que contou com 220 mil militares das Forças Armadas; a mobilização nas escolas, que marcou o início do ano letivo com instruções aos alunos de como prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes; além da faxina promovida pelo Governo Federal com servidores públicos, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios públicos.
No quarto ciclo da campanha contra o vetor (entre maio e junho), as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 82,5% dos imóveis brasileiros. Foram 46,7 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 8,6 milhões de estabelecimentos que estavam fechados ou houve a recusa para acesso.
Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, bem como com o apoio das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.