Waldheiemerson Silva Matos, 22 anos, o Caverna, afirmou na noite desta terça-feira, 6, no Departamento de Homicídios (DHPP), que o  ajudante de carga e descarga Samuel Felipe Pereira, 21, morto em 31 de julho último dentro de uma lan house, em Águas Claras, era realmante o alvo da sua ação criminosa, diferente do que apurou a Polícia Civil.  

Segundo ele, assim como um de seus irmãos, Samuel era  envolvido com a criminalidade e integrava a facção Katiara. Versão essa, contestada pela família da vítima e pela polícia

. 

"Ele e o irmão tentaram várias vezes contra a minha vida.   Matei para não morrer", confessou o suspeito, sem demonstrar nenhum remorso. Caverna foi preso por policiais militares da Rondesp Central, no domingo (4), na localidade do Labirinto, em Águas Claras, durante uma operação.

"Ele estava dentro de um Gol (carro) com mais dois indivíduos em atitude suspeita. Foram abordados pelos PMs e ele foi  reconhecido. Os outros foram ouvidos e liberados", contou o major Agnaldo Ceita, comandante da Rondesp Central.

Segundo o delegado Marcelo Sansão, coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/ Central), Carverna integra a facção Bonde do Maluco (BDM)   e é um dos responsáveis em matar os desafetos do bando.

"Ele é um dos mais violentos e ativos executores do BDM e também desenvolve outras funções. Age na venda e segurança dos pontos (de tráfico de drogas)", revelou Sansão.

Homicídios

O delegado Sansão informou que Caverna também é investigado pelas mortes de Gerolino Moreira de Almeida Neto, em junho, Isac Paiva da Silva, em julho, e Josenei Alves, em agosto.

Todos os crimes foram  em Águas Claras e a polícia investiga se eles foram motivados pela disputa por pontos de tráfico de drogas no bairro. A polícia já identificou o comparsa de Caverna e tenta prendê-lo.

Caverna negou ter matado estas pessoas e diz não fazer parte de nenhuma facção. "Não sou BDM, nem Caveira. Só não apoio Katiara e CP [Comando da Paz]", declarou ele.