Estudantes querem retorno dos terceirizados, merenda, professores e fardamento
Ages , Salvador |
15/07/2016 às 15:24
Estudantes vão às ruas da capital
Foto: Ages
Nesta sexta-feira (15), estudantes secundaristas realizaram manifestações em diversos pontos de Salvador, além da ocupação do Colégio Estadual Anfrisia Santiago, no subúrbio. Os secundaristas protestam contra o atraso dos salários dos funcionários terceirizados que prestam serviço a rede pública estadual de ensino, pela regularização das aulas, da merenda e também do fardamento que em algumas instituições ainda não foi distribuído.
No Centro da cidade, estudantes dos Colégios Manoel Novaes, Odorico Tavares, Central e ICEIA saíram em marcham até a Estação da Lapa onde realizaram um passe-livre nos ônibus rumo ao Centro Administrativo da Bahia, já na cidade baixa, alunos do Landulfo Alves, Costa e Silva, Alípio Franco e Paulo Américo fecharam as vias de acesso à feira de São Joaquim. No subúrbio, além da ocupação do Colégio Anfrísia Santiago, os secundaristas realizaram atos pela avenida suburbana.
No bairro do Rio Vermelho, os alunos ocupam o Colégio Manoel Devoto há pouco mais de uma semana, e no Costa Azul, estudantes do Thales de Azevedo também realizaram protesto, outros colégios da orla como Lomanto Júnior, Marighela e Rotary também aderiram a mobilização. Na região da Paralela, estudantes do Rômulo Almeida e Bolívar Santana se concentraram na praça do Imbui e seguiram em marcha até o CAB onde encontraram mais manifestantes de outras instituições de ensino. Na região do Cabula, estudantes dos Colégios Roberto Santos, Ruth Pacheco, Polivalente, Edvaldo Fernandes e Helena Magalhães também seguiram até o Centro Administrativo.
Em sussuarana, os alunos do Colégio Estadual São Daniel Comboni seguiram em protesto até o prédio da Secretaria da Educação.
Em nota conjunta divulgada semana passada, a Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador e a União Estadual dos Estudantes Secundaristas, entidades que dirigem as mobilizações na cidade, afirmaram que “não é a primeira, e pelo visto, ainda não é a última vez que os estudantes secundaristas organizados denunciam a paralisia da rede pública estadual de ensino com a falta de regularização da situação dos funcionários terceirizados que prestam serviço na rede”, além disso, a nota pede cumprimento integral do acordo entre a SEC e a AGES durante a ocupação do Colégio Estadual Juracy Magalhães e a exoneração imediata do atual coordenador geral do Núcleo Regional de Educação 26, Luís Henrique Bottas Peixoto, que segundo os alunos, teria tentando influenciar no processo de organização interna do movimento estudantil. O documento ressalta ainda a necessidade da “retomada em caráter imediato da comissão estadual de diálogo permanente composta pela UEES, AGES, Grêmios e Entidades municipais indicadas, com o gabinete do Secretário da Educação para tratar constantemente dos problemas estabelecidos na rede estadual de ensino”
Para a estudante do Colégio Estadual Teixeira de Freitas, no Centro, ocupado há uma semana, Catarina Bahia, o movimento quer também a mudança do interlocutor destacado pelo secretário Walter Pinheiro. “Ontem mais de mil e quinhentos estudantes estiveram no CAB e o secretário não deu sequer uma sinalização de que iria sentar para dialogar e para piorar ainda mais, o interlocutor destacado, Ney Campello, não ajuda, não consegue fazer a interlocução com o movimento, na verdade só atrapalha, por isso, queremos também a mudança na interlocução” afirma Catarina que também é presidente da AGES.