Considerado hoje um museu à céu aberto, o Passeio Público, em Salvador, foi concebido em 1810 como jardim botânico e abriga importante variedade de espécies de árvores. Agora, 206 anos depois, o espaço está sendo estudado para receber novas mudas de árvores. O plantio dessas árvores deve acontecer em setembro deste ano (2016), quando ocorre a Primavera de Museus e a abertura das comemorações dos 50 Anos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão que administra o espaço. De acordo com o diretor do IPAC, João Carlos de Oliveira, o Passeio está integrado ao Palácio da Aclamação que é tombado como Patrimônio da Bahia, foi residência dos governadores baianos de 1917 a 1967, e atualmente sedia a diretoria de Museus (Dimus) do IPAC.
O plantio das mudas será viabilizado através de parceria entre a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) e o IPAC. “Em tempo de crise e contingenciamentos, estabelecer parcerias e projetos conjuntos como este é fundamental para uma boa gestão de espaços públicos”, diz o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. Além do Passeio, o IPAC administra áreas verdes na Praça das Artes (Pelourinho), Museu de Arte (Corredor da Vitória), Palacete das Artes (Graça) e Museu de Arte Moderna (Avenida Contorno). No interior, o IPAC tem a área verde do Parque Castro Alves (Cabaceiras do Paraguaçu), antiga fazenda onde o poeta nasceu.
DOAÇÃO – No último dia 6 (julho/2016), IPAC e ABAF visitaram o Passeio, em Salvador. Estiveram presentes o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o diretor geral do IPAC, João Carlos, a diretora da Dimus, Ana Liberato, e Luiz Garcez, da Caetá Ambiental, empresa que vai doar as mudas. Além da articulação, a ABAF participa com know-how que detém de plantios florestais. “A proposta é conseguir bom resultado estético e com durabilidade. Os espaços serão estudados para que possamos iniciar um plantio durante a primavera”, afirma Wilson Andrade. “Vamos valorizar não só o Passeio Público, como também outros locais vinculados ao instituto”, completa Luiz Garcez.
No Passeio Público o IPAC implantará ainda um Projeto de Sinalização Histórica e Botânica e ações de Educação Patrimonial com vigilantes. Da flora local, existem angelim, sumaúma, amendoeira, pau-ferro e cariota. Há ainda fícus elástico, cajazeiras, gameleiras, mangueiras, palmeiras imperiais, jaqueiras e oitis, além de trepadeiras, gramíneas, bougainvilles, flores, palmeiras leque-de-fiji, livistonia e fênix. As palmeiras imperiais foram plantadas em 1859 na visita de Dom Pedro II. Mais informações sobre eventos no Passeio, na Dimus/IPAC, via telefones (71) 3117-6447 e 3117-6445. Acesse: www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’, twitter ‘@ipac_ba’ e instagram ‘@ipac.patrimonio’.