Salvador

Estudantes estaduais realizam passeatas e ocupações por terceirizados

Aconteceu nesta segunda feira
Ages , Salvador | 11/07/2016 às 18:27
Colégio fechado na capital
Foto: Ages
Salvador foi palco nesta segunda-feira (11) de uma série de mobilizações de estudantes secundaristas em defesa dos terceirizados e contra a situação das Escolas da rede pública estadual de ensino. No Centro, o Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas foi ocupado nesta manhã pelos estudantes organizados pelo Grêmio Estudantil, enquanto no Campo Grande, estudantes do Manoel Novaes e Odorico Tavares realizaram uma passeata com faixas e cartazes pedindo solução para o impasse sobre o pagamento dos salários dos funcionários terceirizados que prestam serviço às Escolas.

Já na região da Orla, o Colégio Estadual Manoel Devoto, no Rio Vermelho, está ocupado desde a última quarta-feira (6) por estudantes também organizados pela representação estudantil. Em Itapuã, o Colégio Rotary foi ocupado hoje pela manhã. Em nota pública conjunta lançada na quarta passada, a Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador – AGES e a União Estadual dos Estudantes Secundaristas – UEES, informaram uma série de reinvindicações, entre elas estão a regularização dos salários dos terceirizados, a suspensão imediata das demissões de porteiros e vigilantes, além de exigir também um acordo estabelecido entre a SEC e as entidades representativas durante a ocupação do Colégio Juracy Magalhães, em São Caetano, primeira escola ocupada do Estado.

Os estudantes pedem também a exoneração do atual coordenador-geral do Núcleo Regional de Educação 26, Luiz Henrique Bottas Peixoto, que segundo os alunos, teria tentando influenciar no processo de organização interna do movimento estudantil e patrocinado abusos a frente do cargo. Outra exoneração que os estudantes reivindicam é a do vice-diretor do Colégio Presidente Costa e Silva, na cidade baixa, Celso Luiz, acusado publicamente da prática de racismo por impedir a entrada de uma estudante nas dependências da Escola por usar um turbante.

Para a presidenta da AGES, a estudante Catarina Bahia, as mobilizações são uma resposta ao Governo do Estado sobre a situação nas instituições de ensino. “Já fazemos esse debate com a SEC há muito tempo, as mobilizações são uma resposta, desde quando o novo secretário assumiu não nos chamou para dialogar, nem sequer para dar uma satisfação” pontua Bahia que completamente. “por isso que uma de nossas reinvindicações é a retomada da mesa de diálogo permanente com o gabinete do Secretário da Educação, com Osvaldo Barreto, bom ou ruim, pelo menos ele dialogava.” Observa.

Já para a representante da União Estadual dos Estudantes Secundaristas – UEES, Adélia Alcântara, estudante do Colégio Teixeira de Freitas, ocupado nesta manhã, o balanço das mobilizações estão para além de Salvador. “Em São Francisco do Conde a União Municipal dos Estudantes ocupou as duas principais escolas da cidade, a situação das instituições é deprimente, caso o Secretário não sente à mesa conosco, a tendência é que estas ocupações se espalhem pela região metropolitana e rumo ao interior do estado.”

Outras pautas de reinvindicações como segurança, melhorias na merenda e fardamento, também fazem parte da lista apresentada pelos estudantes que agora final da tarde, chegaram a realizar uma manifestação na Avenida Paralela e no Iguatemi, o movimento informa ainda que a relação de instituições ocupadas em Salvador tende a aumentar já na terça-feira.