Terreno onde está sendo realizada a urbanização da Guerreira Zeferina passa a ser de propriedade do município
Agecom , Salvador |
05/07/2016 às 17:46
Prefeito ACM Neto e a sup do Patrimônio da União, Tatiana Chaves
Foto: Valter Pontes
A área onde está localizada a comunidade Guerreira Zeferina, antigamente conhecida como Cidade de Plástico, em Periperi, no Subúrbio Ferroviário, passa a ser de propriedade da cidade de Salvador. A cessão do terreno de mais de 20 mil m² da União para o município, situada ao lado da linha férrea, foi formalizada nesta terça-feira (5), no Palácio Thomé de Souza, através de documento assinado pelo prefeito ACM Neto, pela superintendente do Patrimônio da União na Bahia, Tatiana Chaves, pela presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, e pela secretária municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (Semps), Ana Paula Matos. O evento também contou com a presença do diretor de Projetos Estratégicos da Casa Civil, Paulo Hermida.
O prefeito ACM Neto salientou que, nos últimos três anos, a relação entre as esferas municipal e federal têm sido de parceria, a exemplo do projeto de revitalização da orla da capital baiana e agora o de urbanização da comunidade Guerreira Zeferina, ambas realizadas em áreas da União. “Neste último caso, a ação traz benefícios principalmente para centenas de famílias que moravam em situação degradante, sob madeirites e lonas e até mesmo ameaça de terem que sair do local. Todo o trabalho foi feito pela Prefeitura com cuidado extraordinário, que engloba não apenas a construção de casas, mas também com acompanhamento social das famílias e estímulo ao empreendedorismo e empregabilidade”.
A presidente da FMLF, Tânia Scofield, lembrou que, com essa cessão, a Prefeitura poderá conceder a posse de terreno aos moradores, que receberão novas unidades habitacionais em um prazo de 15 meses – tempo previsto de duração das obras. Enquanto isso, os moradores estão recebendo Aluguel Social e acompanhamento por agentes sociais. “Esta é uma importante decisão da gestão de manter famílias pobres na área, que demonstra a defesa do direito à moradia e direito à cidade”, pontuou.
A superintendente Tatiana Chaves salientou a satisfação em poder colaborar em projetos de ocupação para fins sociais como este. “A SPU está feliz por apoiar este projeto. É bom quando vemos uma ação destinar uma área para quem realmente precisa de moradia. Ainda temos muitas áreas em Salvador e em toda a Bahia que podem ser cedidas para esse fim. Parabenizo a Prefeitura por este grande trabalho”.
Moradias dignas – O processo de urbanização da comunidade Guerreira Zeferina foi iniciado há dois anos, sob a coordenação geral da Casa Civil e projeto urbanístico desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) em conjunto com moradores, após realização de reuniões e oficinas na localidade. No último dia 11, foi dada a ordem de serviço para início das obras, nesta que é a primeira grande intervenção urbanística na área. A ação vai impactar cerca de 300 famílias que vivem em condições precárias, sem moradias dignas, esgotamento sanitário, abastecimento regular de água ou rede elétrica.