Salvador

DEVOLVAM O PADROADO A SANTO ANTÔNIO: Glorioso recebe homenagens

Com informações de A Tarde
Da Redação , Salvador | 14/06/2016 às 10:33
Oratório na Igreja de São Francisco, centro histórico
Foto: Ayeska Paulafreitas
Os festejos de Santo Antônio foram marcados com missas, procissão e coral na tarde desta segunda-feira, 13. Presidida pelo padre Ronaldo Magalhães, as celebrações na Paróquia de Santo Antônio Além do Carmo tiveram como tema deste ano "Misericórdia Divina, Esperança da Humanidade".

Antônia de Freitas, 47 anos, enfermeira, contou que é devota do santo desde pequena. "Quando minha mãe estava grávida de mim e meu irmão gêmeo, ela teve diversas complicações. A fé em Santo Antônio foi especial. Meu irmão, infelizmente, faleceu, mas eu sobrevivi e o glorifico sempre em sua data", lembrou.

Durante a missa, padre Magalhães frisou aos fiéis o porquê de estarem ali: "Sei que muitos recordam Santo Antônio como o santo casamenteiro, além do pão distribuído por ele. Mas eu quero convidar vocês a lembrarem de algo pelo qual ele era apaixonado:  Deus".

Além de contar histórias, o sacerdote memorou os feitos e fez pontuações sobre a religiosidade do homenageado. "Ele era o único que sabia de cor a palavra de Deus. Antônio foi o único santo que leu toda a Bíblia", pontuou.
Marco Antônio, 52, soldador, também esteve presente, junto com a família, para prestar agradecimentos. De acordo com ele, o próprio foi nomeado em forma de reverência pela mãe, que também é devota.
"Meus pais sempre foram religiosos. Na nossa época a gente fazia catequese, crisma. A gente lembrava e agradecia nas datas dos santos. Hoje as pessoas não fazem mais isso. Eu estou aqui para reconhecer suas graças", disse Marco Antônio.

Após a missa, os devotos seguiram em procissão pelas principais ruas do bairro de Santo Antônio Além do Carmo e do Barbalho. O andor que carreava o sagrado foi aplaudido diversas vezes pelo caminho.
Ao final da procissão, dom Marco Eugênio Galrão, bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, conduziu a missa campal de encerramento da trezena.

No início da tarde, o coral conduzido pelo maestro Keiler Rego se apresentou na Igreja de São Francisco, no Centro Histórico da cidade.

Parte do coral, composto por 65 pessoas, cinco delas solistas, estiveram presentes entoando cânticos em referência ao santo casamenteiro. Após a apresentação, o grupo seguiu para o Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira, onde encerrou a série de apresentações.

A aposentada Claudionor Silva, 63, gostou do espetáculo e disse ter relembrado dos tempos em que também participava de coral. "Me dá uma alegria danada. É tão bonito. Estar aqui me lembra minha adolescência, quando eu também cantava. Santo Antônio merece todas as homenagens", recordou.
Eliana Silva, 41, professora e filha de Claudionor, revelou que sempre comparece às missas com a mãe. "Ela nos ensinou desde pequenas. Primeiro rezar e agradecer, depois pedir. Santo Antônio é fundamental em nossas vidas. Eu, ela e minha irmã somos fiéis a ele", finalizou Eliana.