O verdadeiro padroeiro de Salvador será homenageado
CIA DE COMUNICAÇÃO , Salvador |
09/06/2016 às 07:48
Santo Antônio de Lisboa e Pádua
Foto: BJÁ
A imagem de Santo Antônio da Igreja de Santo Antônio da Barra, na Barra, receberá a faixa de Oficial do Exército Brasileiro, em cerimônia no próximo domingo, dia 12 de junho, às 18h30min, com presença de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia,
Primaz do Brasil. A faixa será entregue pelo comandante da VI Região Militar do Exército, General Artur Costa Moura, em ritual na própria igreja, ao final de uma procissão que trará à frente a imagem de Santo Antônio e que terá início às 17h30min no Forte São Diogo, no Porto da Barra.
O uso da faixa militar acompanha a imagem, em tamanho natural, de Santo Antônio desde os primórdios da construção da Igreja da Barra, entre os anos de 1595 e 1600. Ocorre que a faixa se perdeu ao longo do tempo, sendo substituída provisoriamente por outra, confeccionada pela própria igreja. Para sustentar a tradição, foi solicitada uma nova faixa ao Exército Brasileiro.
Em Portugal, Santo Antônio é venerado como santo militar desde o século XVII. Na capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela de Cascais, próximo a Lisboa, venera-se ainda hoje uma imagem do santo portugues ostentando a Cruz de Ouro das Campanhas da Guerra Peninsular e um manto com o distintivo de
granadeiro. No Brasil, assim como em Portugal, Santo Antônio trilhou carreira militar, chegando a receber também a patente de Tenente-Coronel de Infantaria.
O rito de entrega da faixa a Santo Antônio começará às 17h30min com uma concentração no Forte de São Diogo, no Porto da Barra, de onde sairá uma procissão rumo à Igreja da Barra. Às 18h30min, começará o Rito da Conferência da Faixa de Oficial do Exército Brasileiro a Santo Antônio, na Igreja da Barra, seguido, às 19h, de uma Celebração Eucarística presidida pelo arcebispo de Salvador.
COMENTÁRIO DO BAHIA JÁ
Santo Antonio já foi padroeiro de Salvador - e nós vamos fazer uma campanha para que volte a sê-lo - e recebeu as patentes de capitão e depois de sargento mor até chegar a ten-coronel no reinado de Dom João VI. Quem recebia os proventos dessas funções oficiais era o Convento de São Francisco.
Com a chegada da República em 1889 no ano de 1912 o benefício foi cancelado pelo Ministério da Fazenda.