Agressão à memória da mãe Gilda
Sepromi , Salvador |
04/05/2016 às 13:46
Arrancaram o nome da mãe Gilda da placa
Foto: DIV
A ialorixá Jaciara Ribeiro, liderança do terreiro Abassá de Ogum, localizado no bairro de Itapuã, em Salvador, denunciou nesta quarta-feira (4) atos de vandalismo praticados no busto instalado no Parque do Abaeté, em homenagem à Mãe Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda. O equipamento, inaugurado em 2014, foi danificado na noite desta terça-feira (3), crime já denunciado ao Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).
“Mãe Gilda teve seu terreiro invadido no ano de 2000, foi agredida, teve sua imagem maculada por outro segmento religioso e veio a falecer. Depois de 16 anos, mesmo com o reconhecimento da sua luta dentro da comunidade, novamente é vítima de intolerância religiosa, sendo violada em sua memória”, desabafou Mãe Jaciara Ribeiro, de quem é filha biológica e sucessora no templo religioso. “Além do crime de ódio religioso, vivemos o racismo ambiental.
Quando realizamos uma oferenda, logo em seguida alguém toca fogo e agride as árvores sobre as quais fazemos os rituais”, completou Mãe Jaciara, que formalizará queixa em delegacia ainda na tarde de hoje.