Salvador

Bancária do Banco do Brasil presa depois de desviar mais de R$ 450 mil

Em nota, o Banco do Brasil informou que a fraude foi descoberta pela própria empresa, através de procedimentos internos de segurança
Da Redação e A Tarde , Salvador | 15/04/2016 às 18:00
Uma funcionária do Banco do Brasil foi presa na quinta-feira, 14, em Salvador, por investigadores do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), acusada de desviar mais de R$ 450 mil de correntistas da instituição.
Rafaela de Azevedo Brito, de 28 anos, e o comparsa Antônio Josival Sousa Magalhães, 26, são suspetios de fazer parte de uma quadrilha de estelionatários, cujos integrantes são procurados pela polícia.

Em nota, o Banco do Brasil informou que a fraude foi descoberta pela própria empresa, através de procedimentos internos de segurança, sendo prontamente comunicada às autoridades policiais. "O BB esclarece que não houve prejuízo a clientes", diz a nota.

Segundo a delegada Glória Isabel Santos Ramos, do DCCP, Rafaela é servidora concursada do banco há oito anos. Ela trabalhava numa agência em Recife, em Pernambuco, mas encontrava-se afastada de suas funções por 30 dias e respondia a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), dentro da organização.

De acordo com a polícia, o banco, por meio do seu sistema de segurança, registrou o acesso de Rafaela em contas correntes onde, posteriormente, foram percebidos desvios de recursos. A administração, então, decidiu afastá-la para apurar. A investigação conduzida pelo DCCP revelou que a bancária também acessava contas de clientes utilizando login e senha de colegas, sem que estes soubessem.

Rafaela visitou diversas agências na Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde se apresentava como funcionária do banco e solicitava aos colegas que verificassem seu saldo. Enquanto o servidor digitava seu login e senha, a falsária copiava os dados e os utilizava posteriormente para desviar valores, que variavam entre R$ 30 e R$ 50 mil, de cada conta.

Antônio usava a mesma estratégia e se apresentava como funcionário utilizando um crachá falsificado, fornecido por Rafaela. Os dois vão responder por furto mediante fraude, associação criminosa e invasão de dispositivo informático com o objetivo de captar informação sigilosa para desvio de recursos, com base no artigo 154 do Código Penal.
Rafaela e Antônio seguiram para o Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF), na Avenida ACM. A polícia busca agora identificar os outros quatro integrantes da quadrilha.