Os grandes consumidores de água e empreendimentos em construção estão entre os principais alvos das ações da Embasa de  combate às ligações clandestinas em sua rede distribuidora e a fraudes no consumo de água. Nesta semana, mais um restaurante de grande porte, dessa vez na rua do Xeréu, em Pituaçu, orla  de Salvador, foi flagrado utilizando água de forma irregular. A equipe de campo da empresa encontrou um desvio realizado pelo usuário, por meio da instalação de uma tubulação antes do hidrômetro, com o objetivo de alterar a medição do consumo. A perda estimada

 pela Embasa foi de 110 mil litros de água por mês. 

De  acordo com a coordenadora do Núcleo de Grandes Consumidores da Embasa, Aline Lessa, a aplicação da multa para o estabelecimento pode chegar a R$ 21 mil, baseada nas características de uso e ocupação do imóvel. “O imóvel não possui dívida acumulada com a Embasa  e também não tem histórico de infrações. Por isso, a ação integrada das equipes comercial e operacional foi fundamental para auxiliar na identificação da irregularidade”, diz.

Segundo o gerente comercial da Embasa, Leonardo  Dias, a empresa irá continuar combatendo as fraudes na cidade de Salvador, visando preservar o bom abastecimento e evitar a perda de água. “Desenvolvemos  uma estratégia de atuação com o envolvimento das equipes comerciais e operacionais da unidade, revisando redes mais antigas e ligações provisórias em empreendimentos”, explica.

A Embasa conta com 40 equipes de campo somente nas unidades da capital e região metropolitana, responsáveis por mais de 200 verificações deste tipo todos os dias.

A prática de furto de água é qualificada crime  contra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tratar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena prevista na lei é reclusão de um a quatro anos

 e multa.