Nesta quarta-feira (09), uma ação numa casa localizada no bairro de Santa Cruz, chamou a atenção de moradores e agentes da Prefeitura envolvidos no combate ao Aedes aegypti devido a grande quantidade acumulada de lixo.
No local, dois irmãos armazenavam materiais para reciclagem que estavam servindo como depósitos e criadouros dos mosquitos transmissores da dengue, zika vírus e febre chikungunya, além de ser um ambiente propício para infestação de roedores.
Durante a atividade, quatro caçambas de materiais inservíveis foram retiradas do terreno. Além disso, os agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses fizeram a identificação e eliminação de focos dos mosquitos e a desratização no terreno.
Profissionais do Centro de Atenção Psicossocial - Caps Oswaldo Camargo, no Rio Vermelho, também acompanharam a mobilização com intuito de prestar assistência psiquiátrica aos irmãos que são acometidos por um transtorno que os leva a acumular objetos e lixo de forma compulsiva.
Equipes da Limpurb, CCZ, Caps e Vigilância Sanitária retornarão ao local nesta quinta-feira (10), a partir das 09 horas, para finalizar o trabalho de limpeza e dedetização do imóvel e residências adjacentes.
Patologia - O hábito de acumular objetos e até lixo é um transtorno que afeta muitas pessoas. As pessoas que sofrem desta perturbação, majoritariamente idosos, acumulam tudo o que podem para mais tarde conseguirem dar uma resposta eficaz a uma eventual emergência. Além disso, são incapazes de usar ou jogar fora os objetos ou bens mesmo quando eles são inúteis, perigosos ou insalubres.
Numa ação parecida realizada pela Prefeitura no ano passado, foram recolhidos mais de 32 toneladas de lixo em um terreno na Boca do Rio. Na oportunidade, somente na casa ao lado desse terreno, sete pessoas da mesma família foram notificadas com suspeita de zika vírus. Outros vizinhos também haviam sido infectados por dengue.