Só depois de aprovados é que ficam sabendo que 50 vagas são reservadas ao Fies
Itamar Ribeiro , Salvador |
19/02/2016 às 09:18
Alunos dizem que escola sonega informações
Foto: DIV
Vestibulandos do curso de medicina que prestaram vestibular [medicina], na Universidade do Salvador (Unifacs) fizeram um protesto na quinta-feira (18), na instituição para chamar atenção do corpo docente, da responsabilidade com os atuais e futuros alunos, que desejam ingressar na Unifacs.
A Unifacs no final do ano (2015), segundo um vestibulando ofertou 150 vagas para o curso de medicina, disponibilizando 50 vagas para ingressantes através do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Após o resultado do vestibular (2015) para medicina, os aprovados bem pontuados, se matricularam em 6 de janeiro de 2016 na Universidade, pagando o valor de R$ 6.136,30.
Após a matricula veio à surpresa, as 150 vagas foram distribuídas da seguinte maneira: 27 vagas para alunos através do [Fies] e 23 vagas para alunos aprovados pelo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e 100 vagas para alunos particulares.
Frustação
Vestibulandos e pais ficaram frustrados com a posição da Universidade, ao longo desse período (vestibular, matricula), além de pagar o valor da matricula dos aprovados, a Unifacs enganou aos mesmos. Pais se dirigiram aos membros da direção da Unifacs, para ouvir deles uma posição definitiva e não foram bem recebidos pelos responsáveis, afirma a mãe de uma vestibulanda, ficava no jogo de empurra. Só houve o desfecho de toda situação após o resultado do Enem.
Vestibulando que ficou em boa colocação, agora estava certo de que seu sonho começaria a ser realizado, e depois de matriculado, o sonho foi frustrado por engano da Unifacs, que ficou no jogo de empurra, sem dar uma solução aos familiares e ao novo Universitário. Nem sequer ofereceram um financiamento privado, pelo contrario informaram a mãe de uma vestibulanda que [o curso de medicina a Instituição não se preocupa com isso. Quando um aluno tranca a matrícula tem outro na espera da vaga], afirma a atendente.
A alegação dada por membro da Instituição, segundo a mãe de uma vestibulanda é que eles tomaram como fundamento para dispensa de novos egressos, a Portaria Normativa de nº 13 do Ministério da Educação de 11 de dezembro de 2015, que dispõe:
Art. 6º
As mantenedoras participantes do processo seletivo do Fies referente ao primeiro semestre de 2016 deverão:
I - garantir a disponibilidade das vagas ofertadas, nos termos do inciso III do caput do art. 5o, para fins de matrícula dos estudantes pré-selecionados no referido processo seletivo, inclusive de novos ingressantes;
II - abster-se de condicionar a matrícula do estudante pré- selecionado no processo seletivo do Fies à participação e aprovação em processo seletivo próprio da IES;
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Ora, se a Instituição tinha conhecimento dessa Portaria, porque não avaliou a situação do ingressante antes de matriculá-lo? E aguardou esse período todo, e só agora é que tenta justificar ao aluno e pais.
Quantos alunos estão com seu estado psicológico zero porque seu sonho foi frustrado? Onde está à responsabilidade acadêmica e da Unifacs.
Se a Unifacs tinha à pretensão de aguardar o resultado do Enem, era melhor comunicar o aluno e não alimentá-lo até a última hora, isto é depois do Carnaval.
Além do desgaste emocional dos alunos de seus familiares, o futuro ingressante ainda perde 10% do valor pago após o cancelamento da matricula, e só recebe 90% depois de 30 dias, isto é, se cancelar dentro do prazo, se fora do prazo o aluno perde o valor total, segundo o entrevistado.
Para um dos entrevistados (fonte preservada), ele diz [a medida é populista, assistencialista, e deve alimentar o programa Mais Médicos, isso é uma barbeiragem, é preciso ter claridade], por certo se referindo a Portaria do MEC.
A manifestação de hoje é de revolta dos ingressantes que foram aprovados na Unifacs, com boa pontuação e após a matrícula feita na Instituição ficaram de fora, abraçaram alunos de outros estados aprovados no Enem, e rejeitaram alunos da casa (residentes no Estado), tudo isso por causa do dinheiro, isto é o poder econômico prevaleceu.