Profissionais da aviação civil reivindicam 11% de reajuste nos salários e demais cláusulas econômicas,
Danilo Souza , Salvador |
03/02/2016 às 10:04
Profissionais da aviação civil reivindicam 11% de reajuste nos salários e demais cláusulas
Foto: A TARDE
Após diversas rodadas de negociações com os representantes patronais sem êxito, o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) decidiu em assembleia realizada na última sexta – feira (29) nas suas bases espalhadas pelo Brasil realizar greve na próxima quarta – feira (03) de fevereiro. Os pilotos, copilotos e comissários realizam uma paralisação das 6h às 8h.
Salvador
Assim como nas demais capitais do pais, o Sindicato Nacional dos Aeroviários Regional Bahia, também fará uma manifestação no aeroporto internacional de Salvador, Luiz Eduardo Magalhães, o ato acontece das 6h às 8h no portão de embarque. Para o diretor do SNA Regional Bahia, André Luiz Carvalho, o ato da próxima quarta – feira (03) é legitimo, uma vez que todas as classes de trabalhadores no Brasil têm uma data base de reajuste, e a dos aeroviários não foi respeitada pelos donos das companhias aéreas.
“Não estamos fazendo nada de ilegal, nada de absurdo, toda a categoria de trabalhadores no pais tem sua data base, pois o que queremos são os nossos direitos. Pedimos um reajuste mínimo acima da inflação, mais ganho real, reajuste para pisos como vale refeição, alimentação, diárias e seguros. No entanto, as empresas, alegando a crise não apresentou uma proposta de contemplasse os anseios da categoria, por isso estaremos na próxima quarta fazendo uma grande manifestação no aeroporto de Salvador com duas horas de paralisação, a fim de chamar atenção da sociedade e dos patrões à demanda da categoria que tanto sofre neste pais”, pontou André.
Reivindicações dos aeroviários
Profissionais da aviação civil reivindicam 11% de reajuste nos salários e demais cláusulas econômicas, e não abrem mão do pagamento retroativo à data base da categoria. Além disso, a categoria busca junto aos patrões um aumento de 20% para benefícios como vale refeição e alimentação.
Proposta das empresas
A proposta final apresentada pelas empresas aéreas, durante a rodada de negociação realizada no dia 27 de janeiro, em São Paulo, foi de reposição escalonada de 5,5% em fevereiro, mais 5,5% em junho, para pisos e salários até R$ 1,5 mil. O reajuste, abaixo do INPC (Índice Nacional de Preço do Consumidor) do período, calculado em 10,98%, sequer abrangeria o pagamento do valor retroativo à data base da categoria, que é em 1º de dezembro. Apenas as diárias nacionais, o vale-alimentação, vale-refeição e seguro de vida seriam reajustados de acordo com a índice da inflação e teriam a data-base respeitada.