Operação "Caça Gato" fisgou mais um
UCE , Salvador |
29/01/2016 às 17:22
Mais um 'gato" foi pego pela Embasa
Foto: Breno Viana
Nesta sexta-feira (29), equipes de campo da Embasa flagraram mais um caso de crime contra o patrimônio. Desta vez, em uma grande churrascaria no Cabula VI que não possui débitos com a empresa e está em pleno funcionamento, mas, no entanto, não apresenta registro de consumo em seu hidrômetro.
A razão para essa incoerência foi descoberta: um by pass abastecendo a ligação, o que caracteriza fraude. Após a ação, a Embasa vai calcular uma multa baseada no consumo de um estabelecimento deste porte. O objetivo é recuperar, totalmente ou em parte, o prejuízo causado pelo furto de água realizado pela churrascaria.
“É importante observar que o gato de água causa inúmeros prejuízos à população, podendo causar vazamentos não aparentes que, com o tempo, vão aumentando. Podem provocar desabastecimento na rua e trazer prejuízos à qualidade da água, o que, no caso de um restaurante, se torna muito mais grave, uma vez que esta água que pode ter sido contaminada estará sendo utilizada no preparo de alimentos”, explica o gerente comercial da Embasa, Bruno Alexandre Calado.
“ A Embasa irá continuar combatendo as fraudes na cidade de Salvador, sempre oferecendo aos usuários condições de negociação, mas atuando de forma veemente para conter o furto de água e a manipulação indevida das redes de distribuição, visando preservar o bom abastecimento e evitar a perda de água”, diz Calado.
Campanha
No final de 2015, a Embasa lançou a campanha “De Olho no Gato – Seja Legal com a Água”, para regularizar, por meio de negociação flexível de débitos, ligações irregulares em sua rede distribuidora. “Hoje, a Embasa tem 40 equipes de campo somente nas unidades da capital e região metropolitana, responsáveis por mais de 200 verificações deste tipo todos os dias”, destaca José Roberto Gil, gerente do Departamento de Gestão Comercial da Embasa para a RMS.
Dos mais de 7 mil casos flagrados, desde maio do ano passado, nas regiões metropolitanas de Salvador e Feira de Santana, cerca de 25% já regularizaram a situação junto à empresa, dentro da campanha de negociação flexível da Embasa. As condições de negociação envolvem requisitos como comprovação da situação econômica do responsável pelo imóvel, enquadramento tarifário, quantidade de unidades residenciais do imóvel e inexistência de processo judicial com a Embasa, dentre outros.
Números
Ações fraudulentas envolvendo a utilização da água canalizada e tratada pela Embasa foram responsáveis, em 2014, pelo desvio indevido de cerca de 2,2 bilhões de litros de água por mês em Salvador e Região Metropolitana. Em 2011, esse número era de 1,3 bilhão. Os 137,6 mil casos de suspeitas de fraude resultaram em prejuízo da ordem de R$ 121,7 milhões, decorrente do volume de água não faturado.
De janeiro a novembro de 2015, o volume de água distribuída e não faturada se manteve no mesmo patamar em Salvador e Região Metropolitana. Foram cerca de 145 mil casos de suspeitas de fraude que resultaram em prejuízo da ordem dos R$ 140 milhões.