Crônica do Natal focando o comércio da Avenida Sete
Tasso Franco , da redação em Salvador |
23/12/2015 às 08:12
Poucas árvores de Natal para serem vendidas no São Bento
Foto: BJÁ
Neste 2015 tivemos o Natal de rua da Av Sete de Setembro, a principal de Salvador com comércio a céu aberto, dos mais fracos em termos de criatividade. Ao povo - essa é uma das prinicpais áreas em que a população de baixa renda e os emergentes da classe C vão às compras - restou poucas opções de produtos típicos da época natalina.
Algumas árvores estavam sendo vendidas ao lado da parede do Mosteiro de São Bento, por sinal muito pichado e com a calçada chegia de buracos, pacotinhos de bolas no calçadão do Edificio Politécnica e mais nada. Pra comprar uma roupa de Papai Noel, o maior sufoco. Tinha poucas pra alugar na Sinhá Fantasias no Beco do Relógio.
Houve anos dos papéis de parede decorados com motivos do natal, um grande sucesso de vendas, dos ursos de pelúcia, das bolas coloridas, dos papagaios faladores, das flores de plástico e isso tudo ainda existe em pequena escala, mas os produtos natalinos típicos sumiram como novidades.
Quem procurou, por exemplo, enfeites de árvores de Natal, pequenas manjedouras, bolas brilhantes, ramos de palmeiras, nada encontrou na rua e becos salvo em algumas lojas.
Os ambulantes e o comércio de rua, nos principais becos da Avenida - de Maria Paz, do Cabeça, do Mocambinho, 11 de Junho, Coqueirinho e Forca teve que se contentar com o trivial e o presente mais procurado e mais vendido foi a bolsa de mulher pequena com alça. Mais até para jovens do que para senhoras.
O que teria acontecido com o sumiço dos produtos de Natal?
Ao que tudo indica a crise chegou também ao comércio de rua e os produtores não quiseram arriscar.
Como a Av Sete também se transformou numa Av dos Sapateiros - uma corruptela de Baixa dos Sapateiros - os calçados foram os brindes preferidos e as lojas e os ambulantes venderam bastante, especialmente a sandalinha rasteira que custa apenas R$10,00.
Quem quis comprar presentes de roupas infantis para seus pequenos optou pelo Beco de Maria Paz com uma variada quantidade de produtos nas tendas ali instaladas. Já no Beco do Cabeça, o mais movimentado da Av, a especialidade maior são as bolsas de senhoras e as begs com alçcas para costas.
Os ambulantes que usam veículos ao longo da Av também só estavam oferecendo, praticamente, esses dois produtos.
As legs que foram um sucesso ano passado cairam de tendência junto à população.
O Beco do Mocambinho teve pouco movimento e tem bancas mais voltadas para óculos e equipamentos de celulares.
Isso, as capas de celulares e acessórios também foram muito vendidos neste Natal.
Nas Livrarias Paulinas, loja de produtos religiosos, Piedade, o produto mais vendido (R$14,50) foi a folhinha do Sagrado Coração de Jesus. Não deu pra quem quis.
O edredon com motivos de onça também foi um produto bastante procurado e vendido.E, claro, tênis de todas as marcas e gostos, sempre na faixa entre R$70,00 e R$150,00.
Ao longo da avenida e no enterno uma profusão de ambulantes vendendo água mineral (R$1,00 o cpinho de plástico e R$2,00 a garrafa), sanduiches, jaca, frutas de uma forma geral, água de coco (principal ponto na Praça da Piedade) e as baianas do acarajé em vários locais, desde o calçadão do ed Politécnica, área do Relógio de São pedro, Piedade e Mercês.
A movimentação maior de pessoas e comércio mais efervescente vai entre a Ladeira do São Bento até a Piedade. Daí em diante, o comércio é mais maneiro até o final das Mercês.
Detalhe: nesse trecho tem boas lojas de bijoux e para donas de casa.
Bom Natal e até 2016.