Houve protestos dois dois lados na inauguração do Metrô que chega ao projeto original de 1999
Da Redação e A Tarde , Salvador |
22/12/2015 às 12:59
Presidente Dilma em Pirajá
Foto: Manu Dias
Protestos dos dois lados na inauguração da Estação Pirajá do Metrô depois de 16 anos do projeto original que se iniciou em 1999. O discurso da presidente Dilma Rousseff (PT), durante a inauguração da estação do metrô de Pirajá nesta terça-feira, 22, foi interrompido por um empurra-empurra entre militantes do PT e DEM. Os grupos já tinham se confrontado antes com gritos de "olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e "não vai ter golpe" contra "Neto, Neto, Neto" e "ACM voltou".
Ao perceber a confusão, Dilma pediu calma e disse que "o pessoal está entusiasmado". Em seguida, ela solicitou que permitissem os protestos. "Nós somos democratas, convivemos com a diferença. Não queremos eliminar as diferenças. Isso é intrínseco à nossa democracia. Lutamos muito para que as pessoas tivessem direito de se manifestar como quisessem", defendeu a petista, em discurso acompanhado pelo governo Rui Costa (PT) e pelo prefeito ACM Neto (DEM).
Em resposta às manifestações, Dilma afirmou que o povo demonstrava para ela "que não vai ter golpe". "O impeachment em si não é golpe, porque está previsto em nossa Constituição. Ele vira golpe quando não há nenhum fundamento legal para qualquer projeto de impeachment", defendeu a presidente, voltando a reafirmar que não há nenhuma acusação contra ela.
Saiba mais
Dilma atribui o processo de impeachment a uma intenção de tornar o cenário do país "o quanto pior, melhor". Ela defendeu que há um grupo interessado em piorar o cenário econômico para ganhar espaço político. "Não gostar do presidente, querer encurtar o seu mandato para chegar a ser presidente, perder eleições sistematicamente não são alegações previstas na Constituição (para um processo de impeachment)", disse a presidente.
O governador Rui Costa também fez referência a uma intenção de "golpe". Falando da democracia, ele destacou que o presidente é eleito pelo voto do eleitor. Portanto, segundo ele, é necessário "respeitar o povo". Apesar de deixar claro seu recado, o governador amenizou a situação e atribuiu as manifestações desta terça ao excesso de energia do povo baiano e felicidade por ver a Linha 1 do Metrô concluída.
Primeiro a falar na solenidade, ACM Neto foi vaiado pelos militantes do PT e aplaudido pelos correligionários. Ele também tentou acalmar a situação. "Não foi a disputa política que me faz estar aqui. Que minhas primeiras palavras sejam de conciliação! O povo de Salvador é o grande beneficiado pela estação de Pirajá", afirmou.