Salvador

CASO CHOCANTE: Pai estava ausente quando filho caiu do apartamento

Familia chocada com a morte do garoto de 5 anos e pai será ouvido pela Polícia
A Tarde ,  Salvador | 24/11/2015 às 15:47
Abalado com a morte do filho pai vai depor na Policia
Foto: Rep TV Bahia
O pai do menino que morreu após cair do 6º andar do prédio Rosa Morena, na rua Ariston Bertino de Carvalho, no bairro de Brotas, em Salvador, saiu do edifício durante a madrugada desta terça-feira, 24. De acordo com a delegada Maria Dahil, titular da 6ª Delegacia Territorial (DT) Brotas, o engenheiro de produção Rafael Yokoshiro saiu por volta das 1h45 e só retornou duas horas depois. 

"As imagens mostram que ele chega em casa e, dois minutos depois, é possível vê-lo descendo o elevador já desesperado. Em seguida, ele retorna ao elevador já com o filho no colo e leva para o apartamento. Depois disso, os vizinhos ouviram ele pedindo socorro", disse a delegada.

Rafael acionou o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas quando os agentes chegaram Guilherme Oliveira Yokoshirro, de 5 anos, já estava morto. A mãe do garoto, Carla Verena Oliveira, é enfermeira e estava de plantão no momento da ocorrência, segundo a polícia.

De acordo com Maria Dahil, Rafael ainda não esclareceu o motivo para deixar Guilherme sozinho. Ele, que está abalado com a morte do filho, conforme a delegada, ainda não foi ouvido. Ele deve prestar depoimento ainda nesta terça pela tarde após o enterro do menino.

Sem testemunhas

Ninguém viu o momento da queda, segundo a delegada. O prédio possui circuito interno de segurança, inclusive na região do parquinho e do elevador, e as imagens devem ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte de Guilherme. 

A delegada Maria Dahil afirmou que "ainda é cedo para dizer o que realmente aconteceu", mas não descarta a possibilidade de acidente. "Pode ser que o menino tenha acordado e, quando se viu sozinho, teve essa ideia".

Tesoura escolar

Durante a perícia, a polícia encontrou uma tesoura escolar próximo à janela do quarto dos pais, de onde a criança caiu. Na janela, a tela de proteção estava cortada, de acordo com a delegada. A tesoura foi recolhida e passará por perícia.
Conforme a uma tia avó da criança, Tânea Silva Mendes Correia, a família estava muito abalada com a morte de Guilherme, que era filho único.

O avô materno José Carlos Oliveira esteve no prédio durante a manhã em busca de informações. Chorando muito, ele disse que soube da morte do neto por volta das 7 horas e que ainda não tinha conseguido falar com a filha.
Vizinhos disseram que "aparentemente" os pais cuidavam bem de Guilherme, que era um menino amável. 

Muito emocionado, avó materno só soube da morte do neto às 7h.