Com informações do Correio
Correio , da redação em Salvador |
27/09/2015 às 02:10
Consternação geral no sepultamento de Marcelo Caribé
Foto: Betto Jr
O corpo do policial rodoviário federal Marcelo Caribé Carvalho, 28 anos, morto após ser baleado durante um assalto no bairro da Pituba na noite de quinta-feira (24) foi sepultado no final da tarde deste sábado (26), no Cemitério Jardim da Saudade. O protocolo de investigação que confirmou a morte encefálica do policial foi concluído na madrugada deste sábado (26).
De acordo com o Hospital da Bahia, para onde ele foi encaminhado e ficou internado, a família do policial estava em contato com a Central de Transplantes do Estado para fazer a doação de órgãos, mas desistiu. O corpo dele foi encaminhado ainda pela manhã para o Instituto Médico Legal (IML).
Marcelo foi baleado durante um assalto na Barraca do Regis, na rua Ceará, próximo a uma escada de acesso ao Parque Júlio César. Três ladrões chegaram em um Gol prata. Enquanto um deles ficou no carro, os outros dois, um deles armado, desceram e abordaram as pessoas que bebiam e conversavam na barraca. Eles passaram com um saco na mão exigindo que todos entregassem o celular.
O policial, que estava com dois amigos, entregou o telefone. Enquanto um dos ladrões voltou com o saco cheio de celulares para o carro, o segundo se virou para continuar o roubo em outra mesa.
Nesse momento que ele ficou de costas, Marcelo sacou a arma e anunciou que era policial. O delegado Marcelo Sansão, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não sabe se a arma do policial falhou ou se ele hesitou. O ladrão se virou e atirou na cabeça de Marcelo.
Advogado, Marcelo tinha apenas seis meses de experiência na polícia - estava lotado na Superintendência Regional de Polícia Rodoviária Federal (SRPRF), em Porto Velho (RO), desde março.
Ele veio a Salvador visitar família e amigos e voltaria para Rondônia na sexta. “Ele veio visitar os pais e o irmão que já tinha um tempo que não via os três. Ele está de folga há uma semana e iria para o aeroporto na madrugada”, disse uma amiga da família ao CORREIO.